Em Pecém/CE, uma nova maneira de obtenção de energia está sendo desenvolvida por especialistas da Coppe/UFRJ, sendo a primeira usina de ondas da América Latina. Foi inaugurada durante a Rio +20, com investimento de R$ 15 milhões, financiada pela Tractebel Energia através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, com o apoio do governo do Ceará.
O grande empecilho para a disseminação da ideia é financeiro, pois outras formas de se obter energia limpa, como a eólica, são mais baratas. Em entrevista ao portal O Globo, Segen Estefen, professor de Engenharia Oceânica da Coppe, afirmou que apesar dos custos maiores, pelas marés do nosso litoral, levamos vantagem sobre outros países, o que viabilizaria a implementação desta tecnologia. “Hoje, entendemos que não basta ter ondas grandes. Elas atuam em somente 20% do ano. Já (aqui no Brasil) as nossas (ondas) batem de forma constante em mais do que 70% do ano.”
Outro problema é a legislação ambiental, que pode dificultar a construção de novas usinas. Mesmo assim, o potencial de crescimento é grande. O país conta com mais de 8 mil quilômetros de litoral, sendo capaz de receber usinas de ondas que produziriam 87 gigawatts. Na prática, de acordo com especialistas da Coppe, é possível converter cerca de 20% disto em energia elétrica, o que equivaleria a 17% da capacidade total instalada no país.
ENERGIA LIMPA