Uma das maiores preocupações das Olimpíadas Rio 2016 é a segurança dos atletas e das cidades que receberão os diversos jogos olímpicos, em especial o Rio de Janeiro. Segundo autoridades, as forças armadas já começaram a fazer testes de patrulhamento na cidade e estima-se que cerca de 85 mil policiais e soldados trabalharão para garantir a segurança de atletas, moradores e turistas - o número corresponde a mais que o dobro da segurança dos jogos de Londres, em 2012. Além disso, segunda a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cerca de 110 agências de inteligência estarão baseadas no Rio de Janeiro para prevenir possíveis ataques.
Tal preocupação, inclusive, não surge sem precedentes: nas Olimpíadas de 1974, em Munique, na Alemanha, a organização Setembro Negro, parte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), realizou um ataque na Vila Olímpica, onde os atletas se hospedam durante os jogos, e fez reféns 11 integrantes da equipe de Israel.
No dia 5 de setembro, já na segunda semana dos jogos Olímpicos, oito palestinos do Setembro Negro invadiram dois quartos da delegação israelense durante a madrugada e fizeram 11 reféns, dentre eles dois treinadores. O objetivo da ação era fazer com que o governo de Israel liberasse 234 palestinos presos e dois alemães membros da Fração do Exército Vermelho - se seus pedidos não fossem atendidos até às 9h da manhã, todos os reféns morreriam. Com suas exigências negadas, instaurou-se um caos que durou pouco mais de 24 horas.
Infelizmente, não parou por aí. Dois meses mais tarde, terroristas palestinos simpatizantes ao Setembro Negro sequestraram o voo 615 da Lufthansa exigindo que os três palestinos presos fossem soltos. Apesar dos protestos das autoridades de Israel, o governo alemão cedeu ao pedido e os três terroristas voltaram à Líbia onde foram recebidos como heróis. Entretanto, a primeira-ministra israelense, Golda Meir, ordenou que fossem perseguidos, resultando no assassinado de dois deles.
Por fim, os palestinos terroristas afirmaram que a grande razão do atentado em Munique era chamar atenção mundial para a causa da independência da Palestina, pois seu território estava sob ocupação militar de Israel desde o fim da década de 1960. Muito se comentou sobre o despreparo das autoridades alemãs e sobre a fraca e relaxada segurança oferecida para os atletas durante as Olimpíadas. Sabendo que poderiam ser atacados, a delegação israelense já havia pedido reforço na segurança armada na Vila Olímpica ainda antes de desembarcarem em Munique.
Artigo desenvolvido por Percurso Pré-Vestibular e Enem
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