Qual o tamanho da população brasileira? Quantos são homens e quantos são mulheres? Há mais pessoas de 10 a 24 anos ou de 25 a 39 anos no Brasil? Estas e muitas outras perguntas podem ser respondidas a partir de uma busca no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta quarta-feira (06.07), são completados 82 anos desde a criação do órgão, em 1934, ainda com o nome de Instituto Nacional de Estatística.
Muito mais do que matar a curiosidade, as informações produzidas, analisadas e divulgadas pelo IBGE são estratégicas para conhecer a realidade brasileira, para o exercício da cidadania e para auxiliar gestores públicos na tomada de decisões e na criação de políticas públicas. Um dado importante, por exemplo, é a pirâmide etária brasileira - aqui você pode interagir e conhecer a evolução dela.
O formato de uma pirâmide é, genericamente, um dos indicadores do nível de desenvolvimento de um país. Países subdesenvolvidos tendem a ter pirâmides com base larga e topo estreito. A base larga indica que a taxa de natalidade é alta, que o local tem muitos jovens. Assim, a tendência é que haja gastos elevados com saúde e educação e um número grande de pessoas que não estão trabalhando, por não estarem em idade ativa. O topo estreito indica que há baixo número de idosos, o que sugere que a expectativa de vida seja baixa.
Já em países desenvolvidos, a base tende a ser mais estreita, já que a taxa de natalidade é baixa. O número de adultos é maior, ou seja, há mais pessoas integrando a População Economicamente Ativa. E, proporcionalmente, há maior número de idosos, uma vez que a expectativa de vida é mais alta.
Já em 2010, podem-se perceber mudanças consideráveis no padrão demográfico brasileiro. De acordo com o último censo do IBGE (2010), mais de 50% da população brasileira está na fase adulta e o número de idosos cresceu consideravelmente, contemplando 10% da população, com tendência a aumentar ainda mais.
Essas mudanças decorrem, principalmente, do processo de urbanização, que levou à redução da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras.
Histórico
O primeiro recenseamento demográfico da população brasileira foi feito em 1872, quando o Brasil tinha 9,9 milhões de habitantes. Até o início do século XX, a população chegou a aproximadamente 16 milhões de pessoas. Nesta época, havia altas taxas de natalidade e de mortalidade, não levando a um aumento tão significativo da população.
Entre 1940 e 1970 a população do país mais do que dobrou, passando de 41 milhões de habitantes para 93 milhões. Foi a época da explosão demográfica, ocasionada, sobretudo, pela revolução da medicina, que levou a um aumento considerável da expectativa de vida dos brasileiros.
Entre 1970 e 2000, a população continuou crescendo, chegando a 170 milhões de pessoas. Apesar do aumento, não houve a duplicação no mesmo período de 30 anos. Isso se deveu, principalmente, à redução da taxa de natalidade, que está relacionada ao processo de urbanização e suas consequências, como a maior integração das mulheres no mercado de trabalho, o uso de anticoncepcionais e o alto custo para criar um filho nas cidades.
No Brasil, ainda temos crescimento vegetativo positivo, ou seja, a taxa de natalidade é maior do que a taxa de mortalidade. Há países, como o Japão, em que essas taxas são muito semelhantes, o que caracteriza um crescimento vegetativo neutro ou nulo. Há locais, ainda, em que o crescimento vegetativo é negativo, com taxa de natalidade menor do que a de mortalidade. Essa situação é mais comum em países tomados por conflitos ou epidemias, mas também pode ser encontrada em países desenvolvidos, com alto número de idosos.
Artigo produzido por Percurso Pré-Vestibular e Enem.
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