No dia em que o Ministério da Educação homologou a Base Nacional Comum (BNCC) do nível médio, apresentou também um caminho para uniformizar a formação de quem vai comandar no dia a dia tantas mudanças na educação básica. Nessa sexta-feira, apresentou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a Base Nacional Comum para Formação de Professores dessa etapa escolar. Com ela, o ensino e aprendizado de futuros docentes passam a ter como palavras-chave habilidades e competências, tão aclamadas nas novas matrizes do ensino no Brasil. Com o objetivo de melhorar a qualidade da sala de aula e de valorizar quem está à frente dela, vai orientar ainda os currículos das instituições formadoras e propõe mudanças significativas, que incluem a nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como pré-requisito para início de carreira e a implementação de residência pedagógica antes de assumir definitivamente o comando da sala de aula.
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Quer trabalhar com tecnologia? Veja qual curso fazerProfessora Luciene Rodrigues assume atribuições de reitora da UnimontesÉ possível fazer duas faculdades ao mesmo tempo?Minas lidera estados que mais ofereceram concursos públicos no 2º semestre de 2018Pela proposta, a formação deve ter uma visão sistêmica que inclua a formação inicial, a formação continuada e a progressão na carreira. “A proposta de base apresentada pelo MEC pretende revisar as diretrizes dos cursos de pedagogia e das licenciaturas para colocar foco na prática da sala de aula, no conhecimento pedagógico do conteúdo e nas competências previstas na BNCC da Educação Básica”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.
Uma das grandes mudanças é substituição do estágio pela residência pedagógica. Para o ministério, ou ele não é feito de forma adequada ou está totalmente desvinculado dos conteúdos curriculares e da prática profissional. O documento propõe que pelo menos um dia na semana durante todo o seu percurso formativo, o aluno da licenciatura tenha atividade na escola associada ou conveniada.
O Enade ganha também papel de destaque e passaria a ser aplicado todos os anos: todos os alunos poderão fazer o exame durante a graduação ou depois dela e se habilitar à docência em caso de aprovação. Pode servir ainda como ingresso na carreira, pois sua aprovação teria validade de cinco anos. O Enade poderá servir ainda como parte do ingresso em concursos públicos.
MENTOR Pela proposta da base nacional, depois de começar a trabalhar, o docente novato deverá ter um mentor na escola ou em ambiente de aprendizagem de atuação. Esse mentor será um professor mais experiente para orientar, acompanhar e auxiliar o profissional “calouro” em suas atividades. Para sair desse estágio probatório, deverá comprovar o desenvolvimento de competências previstas na matriz, além de montar e apresentar portfólio e ser submetido à avaliação do mentor. Embora os planos de carreira sejam regulados por estados e municípios, a proposta é que usem a matriz de competência da base.
São três eixos para nortear a formação inicial e continuada dos docentes de todo o país: conhecimento, prática e engajamento.