Jornal Estado de Minas

Feras da matemática de Viçosa buscam 'patrocínio' para viajar para competição


Rumo ao primeiro lugar estão também alunos que são fera com os números e cálculos. Estudantes de todo o país foram convidados a representar o Brasil, em agosto, na Tailândia, na Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia, no início de agosto. De Minas, há escolas públicas e particulares aptas a participar. De olho em mais uma vitória e numa experiência que levarão para a vida toda, tem aluno de Viçosa, na Zona da Mata, fazendo vaquinha para custear a passagem. Os selecionados foram medalha de ouro e prata na Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras, onde carimbaram o passaporte para mais uma competição.

O concurso que serve de base para a Ásia é a edição brasileira da Mathématiques sans Frontières, criada na França em 1989. Além do Brasil, participam dele 29 países. No Brasil, o responsável pela realização é a Rede do Programa de Olimpíadas do Conhecimento (Rede POC), focada na seleção de estudantes para competições e feiras no exterior, muitas delas ligadas a ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia.

Em 2017, 18 alunos de três escolas de Minas, Maranhão e Rio Grande do Sul foram para a Malásia defender o Brasil na competição asiática, que tem 14 países-membros. Os representantes são alunos da Escola Estadual Maurício Murgel, no Bairro Nova Suissa, na Região Oeste de BH.
“Experiências internacionais são muito importantes para a escola e para alunos, que se qualificam para elas”, afirma o diretor da Rede POC, coordenador da Matemática sem Fronteiras no Brasil e vice-presidente da Olimpíada Internacional da Ásia, Ozimar Pereira.

Estudantes do ensino médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa criaram vaquinha on-line para arrecadar dinheiro para a viagem. Dos 15 selecionados, seis vão pagar a viagem, que custará cerca de R$ 10 mil por pessoa. Os outros contam com a arrecadação do dinheiro para participar. Os alunos estão confiantes, principalmente pelo potencial na disputa. Acostumados a participar de olimpíadas nacionais de matemática, química, física e astronomia, falta no currículo uma medalha internacional..