Eles viajaram até a Ilha de Creta, na Grécia, para enfrentar mentes habilidosas de todo o mundo, mostrar espírito de equipe e capacidade na solução de problemas durante a 9ª Olimpíada de Raciocínio Mind Lab. E fizeram bonito. Quatro alunos do 6º e 7º anos do ensino fundamental do Instituto Eros Gustavo, escola do Bairro São Caetano, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, voltaram para casa trazendo a medalha de bronze conquistada no Mundial e muito orgulho pela participação. Na categoria escola pública, os outros representantes da delegação brasileira, estudantes da Escola Municipal Visconde de Mauá, da cidade de Portão (RS), levaram o ouro.
Leia Mais
Estudantes da UFSJ ganham prêmio por projeto sustentável Saiba quem venceu a 2ª edição do Prêmio Jornal na EscolaEstudantes estão em contagem regressiva para Olimpíada Brasileira de MatemáticaEmbora a escola já tenha faturado medalhas em edições anteriores da etapa internacional da olimpíada, Mateus, Tiago, Amanda e Lorrayne competiram pela primeira vez. Antes de chegar à Europa, Lorrayne estava ansiosa com tanta novidade e apostava que, apesar de a olimpíada ser disputada, os colegas conseguiriam manter o foco, apoiar uns aos outros e trabalhar em equipe no Mundial.
INTERCÂMBIO Outra atleta, Amanda Coura, segundo lugar individual no jogo abalone, contou que todos treinaram bastante para chegar a este ponto. “Estou muito feliz, porque essa oportunidade não são todos que têm.” Experiências que, com certeza, os alunos guardarão para o resto da vida e contarão para muita gente. Na Grécia, nem o idioma foi barreira. O primeiro compromisso oficial foi um passeio cultural, para que as crianças conhecessem um pouco da ilha e pudessem interagir com seus “adversários”. No dia seguinte, as competições começaram com um torneio virtual que selecionou os melhores jogadores.
A ideia é que matemática e lógica sejam a chave para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais de maneira mais lúdica, mas que traz reflexões profundas. “A mensagem é que tudo é possível, desde que você se esforce. Os atletas trabalham o tempo todo resolvendo situações-problema trazidas pelos próprios jogos. Em um deles, por exemplo, o aluno joga decidindo entre caminhar pelo tabuleiro ou pôr uma barreira. A moral da história mostra o quanto na vida você está preocupado em caminhar ou bloquear o caminho do outro, entendendo que, em algum momento, as barreiras que são colocadas para os outros terão de ser ultrapassadas”, explica a diretora pedagógica da Mind Lab, Sandra Garcia. “Fico muito feliz, porque essa olimpíada premia independente do universo sociocultural do estudante.”.