Depois de 19 dias de atraso, teve início nesta segunda-feira o segundo semestre letivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A volta às aulas ocorreu, no entanto, em meio ao movimento grevista dos funcionários técnico-administrativos, responsáveis por setores como biblioteca, colegiado, seções de ensino e demais serviços administrativos da instituição, que estão com funcionamento afetado em razão da greve.
Os trabalhadores deram início à paralisação no dia 28 de maio e reivindicam, além do fim dos cortes no orçamento anunciados pelo governo federal, melhores condições de trabalho, aprimoramento da carreira e reposição de perdas salariais, entre outros itens. Nesta segunda-feira pela manhã, integrantes do movimento panfletaram na entrada do compus Pampulha, explicando as razões do movimento aos alunos e cobrando um posicionamento do governo federal em relação às demandas.
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Ajuste no orçamento da UFMG para se adequar a corte de verba preocupa estudantes Corte de verbas e greve de servidores na UFMG levam incertezas na volta às aulas Cortes do orçamento da UFMG superam R$ 50 milhões e obras vão parar Inscrições em concurso que vai escolher melhores redações sobre gentileza terminam hojeTécnico-administrativos da UFMG e outras três instituições discutem greve nesta sexta UFMG admite que cortes podem afetar níveis de excelência em ensino da universidadeReitor da UFMG afirma que as aulas não voltaram em condições normaisAulas nas federais voltam, mas cortes e greves comprometem o 2º semestreMesmo com os cortes, a atividade acadêmica e as bolsas de graduação, monitoria e extensão estão garantidas, além do custeio das unidades acadêmicas, totalizando R$ 30,8 milhões.
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