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Estado de Minas

Personagens do Enem 2014

Veja histórias de pessoas que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio em Belo Horizonte


postado em 09/11/2014 06:00 / atualizado em 21/11/2014 10:00

(foto: Jair Amaral/EM DA Press)
(foto: Jair Amaral/EM DA Press)

Dinheiro desperdiçado
Igor Alves (foto), de 21 anos, saiu de casa, no Bairro Floresta, às 11h40. Como o ônibus que o levaria direto à PUC no Coração Eucarístico demorou demais, optou por pegar um que ia para o Centro, para ter mais opções. “Lá também não passou nenhum e resolvi ir de táxi. Gastei R$ 30 na corrida, R$ 20 no kit comida e bebida para a prova, cheguei atrasado três minutos, perdi o Enem, vou levar uma bronca da minha mãe e nem dinheiro pra balada vou ter neste sábado. A vontade de chorar é grande”, desabafou.


Mais difícil que japonês
A maior dificuldade da sansei Nayara Ayumi Yamamoto Tomimistu, de 18 anos, é a língua portuguesa. Embora tenha nascido no Brasil, foi para o Japão aos 3 meses e lá ficou por 14 anos. “É a língua mais difícil do mundo. São muitas regras. Estou muito preocupada com a redação”, afirmou a jovem, que dá aulas de japonês para alguns brasileiros.

 

 

Persistência a toda prova
Pela quarta vez, o técnico mecânico Antônio Carlos Monteiro (foto), de 61 anos, faz o exame do Enem e assegura que na quinta ele passa. Seu desejo é cursar engenharia mecânica e nem mesmo o olhar de desdém de vários companheiros de sala na hora do teste o desanima. “Tenho o apoio da minha companheira, que tem muito orgulho de mim. Essa meninada fica me olhando torto, acha que gente mais velha não pode estudar e fazer mais nada na vida. Estou aqui novamente e se não passar, volto no ano que vem.”


Para dar à luz
Prestes a entrar no oitavo mês de gravidez, Mayra Marcela Rodrigues, de 22 anos, fez a prova na sala, especial no Instituto de Ciências Exatas. Além dela, outras três grávidas fizeram a prova na sala com cadeiras mais confortáveis e sem escadas. “Quando fiz a inscrição não estava com barriga, que cresceu bem. Como o Enem vale por mais tempo, é melhor fazer agora. No ano que vem terei que cuidar do Lucas”, explicou Mayra.

 

 

Uma prova de amor
O candidato Tiago Guedes da Silva (foto), de 25 anos, abriu mão das provas de ciências da natureza e humanas em favor da namorada, Camila Pinto Soares, de 22. Os dois iriam fazer as provas no câmpus da UFMG, mas em unidades diferentes. Como chegaram em cima da hora, só um conseguiria entrar antes de os portões serem fechados. “Disse que ela poderia fazer e eu a esperaria”, contou. Camila tenta pontuação para conseguir uma bolsa para o curso de direito no Centro Universitário UNA.

Encontro no ônibus
Áurea Carolina da Cruz, de 18 anos, e Arthur Martins, de 22, não se conheciam. Natural de Caratinga, ela tentaria o Enem pela primeira vez. Quer ser médica. No caminho para o câmpus da PUC, dentro de um ônibus, encontrou o géologo Arthur, também candidato ao Enem. Os dois começaram a conversar sobre o exame, mas não tiveram sorte: o ônibus ficou preso no trânsito e eles chegaram atrasados. “É uma pena. Vamos ter que voltar para casa agora”, conformou-se Arthur. “Corri tanto que estou até sem fôlego. Podiam ter um tempo de tolerância. Nem sei se compensa fazer as provas de domingo”, lamentou Áurea.


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