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Estado de Minas

Justiça proíbe faculdade de cobrar mensalidade extra de alunos com deficiência

A instituição alega que o valor complementar era para pagar o atendimento especial aos estudantes com deficiência física


postado em 10/05/2011 09:27 / atualizado em 10/05/2011 10:00

Uma faculdade de Juiz de Fora que cobrava valores complementares na mensalidade de alunos com deficiência física está na mira das autoridades. A Justiça da cidade proibiu a Associação Salgado Oliveira (Universo) de cobrar a taxa extra que seria usada para pagar despesas com atendimentos especiais.

Em 6 de agosto de 2010, foi instaurado na Promotoria de Justiça de Minas Gerais um inquérito civil para apurar denúncias de que a faculdade estaria condicionando a matrícula de deficientes físicos, auditivos e visuais aprovados em processos de seleção. A instituição exigia que os portadores de necessidade especiais pagassem os atendimentos diferenciados, como, por exemplo, a contratação de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Foi realizada, em 12 de agosto de 2010, uma reunião sobre o tema na Promotoria de Justiça de Juiz de Fora. Na ocasião, o representante da faculdade confirmou a cobrança. Foi proposta a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para regularizar a questão, mas a instituição de ensino se negou a aceitar o acordo. A Universo argumentou que as despesas de custeio dos investimentos necessários ao atendimento de deficientes. Porém, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontou que os custos podem certamente ser lançados como despesas ordinárias.

Atendendo a pedido do MPMG, a Justiça determinou que a faculdade trate todos os alunos igualmente e faça um contrato único de matrícula, sem determinações de pagamentos especial por parte dos deficientes físicos. Ficou proibida qualquer tipo de cobrança para fins de custeio do atendimento especial. A faculdade deverá, ainda, dar ampla divulgação dessa decisão judicial. Em caso de descumprimento, foi fixado pagamento de multa diária de R$ 10 mil. Essa decisão é de primeira instância e está sujeita a recurso.

O em.com.br tentou contato com a assessoria de imprensa da faculdade em Juiz de Fora, mas foi informado pela secretaria que o funcionário está de férias. Também tentou entrar com a assessoria de Belo Horizonte, mas o telefonemas não foram atendidos.


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