(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mercado de trabalho para turismólogo é grande


postado em 01/12/2008 07:57 / atualizado em 08/01/2010 03:59

 
-->A cada ano, o turismo movimenta trilhões em todo o mundo. O Brasil tem vocação pra ser um grande destino turístico, graças à sua natureza exuberante e à cultura popular tão rica. Mas o extenso litoral, com mais de 2 mil praias, a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, a gastronomia e os ritmos variados não são o bastante pra atrair visitantes. Pra realizar nosso potencial, é necessário pensar na infra-estrutura, identificar os pontos fortes de cada região, formar mão-de-obra capaz de dar assistência ao turista. O profissional indicado pra desempenhar tais funções é o turismólogo.

Foi em 1970 que surgiu a primeira graduação brasileira em turismo. Mas, ainda hoje, muita gente desconhece o fato de o bacharel nesse curso ser chamado “turismólogo”. Apesar disso, ao longo das últimas três décadas, o reconhecimento da profissão só tem crescido. A razão é a crescente demanda do mercado por um profissional capaz de elaborar políticas de turismo em nível municipal, estadual e federal e fomentar novos negócios, tendo o turismo como atividade principal.

Por não ser uma profissão regulamentada, o turismólogo compete no mercado de trabalho com graduados noutras faculdades. Mas essa realidade tem mudado, de acordo com o coordenador do curso de turismo da PUC Minas, Enaldo Souzalima: “O mercado entendeu que não dá pra continuar no amadorismo. É preciso um profissional capacitado e, por isso, o turismólogo tem sido valorizado”, garante.

A faculdade de turismo mescla conhecimentos de geografia, história, administração, ciências sociais, arte, patrimônio e estatística. Inclui também assuntos em voga, como ecologia, meio ambiente e responsabilidade social. A formação é complementada com estágios nos diferentes setores que a atividade abrange: do hotel àquela ONG que promove a formação técnica das comunidades que recebem os turistas. Vem daí, aliás, a grande importância social do turismólogo. Se for implementado com competência, o turismo gerará renda para o município, mais oportunidades pra comunidade local e ajudará a preservar o meio-ambiente. Ao capacitar a mão-de-obra nativa, haverá condições de dar assistência ao turista. Satisfeito, o visitante volta ou faz propaganda positiva da cidade. “Não basta levar pessoas a algum lugar. É fundamental que o impacto da atividade turística seja positivo pra natureza e a sociedade”, resume Enaldo.

Trabalhos de campo e viagem também fazem parte da formação do estudante. Nesse ponto, é bom deixar claro: o turismólogo deve ter paixão, sim, pela viagem. É importante entender o hábito de viajar como atividade geradora de renda, cultura e, até mesmo, de transformação pra sociedade. Entretanto, não vale confundir o turismólogo com um mochileiro. Enquanto se relacionam com o conteúdo da faculdade ou com obrigações do trabalho, as viagens, ainda que prazerosas, envolvem outro tipo de comprometimento.

É viajando que o turismólogo desenvolve sua sensibilidade e entra em contato com potencialidades e dificuldades do mercado nacional ou internacional. Ter um repertório de exemplos, de como o setor hoteleiro ou as prefeituras são organizadas nas diferentes cidades do Brasil e do mundo, pode servir de base pra futuros projetos. Mas a viagem não pode ser útil sem o conhecimento teórico.

Tradicionalmente, o turismólogo trabalhava em agências e operadoras de viagem, companhias de transporte, hotéis ou restaurantes. Esses são ainda espaços que ele ocupa, mas, hoje, o profissional circula também por outras áreas, como nas secretarias municipais, estaduais e outros órgãos públicos, empresas de promoções e eventos, nas ONGs. “A presença do turismólogo serve não apenas pra promover e organizar locais que já têm potencial turístico, como também pra criá-los”, explica o coordenador. Como? “Pode-se intervir numa região, valorizando sua gastronomia, história ou uma dança típica”, exemplifica.

Escolher o turismo é ter a chance de se enveredar numa atividade em expansão e com grande importância econômica, cultural e social. É preciso ter esses três fatores em mente, dentro da faculdade e no dia-a-dia da profissão. O turismólogo é importante pra ajudar a gerar riquezas, sem descuidar da preservação das cidades relacionadas com sua atividade, ou com o bem-estar das comunidades envolvidas. A coordenadora do curso da UFMG, Fabiana Andrade Bernardes Almeida, afirma sobre o perfil do profissional da área: “Ele deve ser empreendedor e estar comprometido com a sociedade”. Se você preenche esses requisitos, a faculdade de turismo pode ser a porta de entrada pra sua vida profissional.


VESTIBULAR

A profissão de turismólogo não é regulamentada. Teoricamente, isso significa que mesmo os graduados em outros cursos podem seguir a carreira de turismólogo. Entretanto, o mercado tem se especializado e dado preferência a quem faz faculdade de turismo. Em Minas Gerais, há várias escolas que oferecem o curso. Algumas delas são a Unileste e a Ufop, no interior, a PUC Minas, a UFMG e a Newton Paiva, na capital.


QUANTO GANHA

Não há piso salarial, já que não é regulamentada.


TESTE

Devo escolher esta carreira?

Vale a pena ser turismólogo, porque...

a)
Falto muito à aula, então, nos dias em que vou ao colégio, todos me chamam de “turista”. Aí já viu, de turista a turismólogo, é só um pulo.

b)
Gosto de viajar, quero curtir as cidades históricas, os municípios do litoral brasileiro, as grandes capitais do mundo, os desertos, os montes nevados, as florestas, as savanas, as...

c)
É uma atividade econômica muito importante, acho que levo jeito para a coisa e a carreira tem futuro.

O que é necessário para que a atividade turística seja bem-sucedida?

a)
Infra-estrutura, atrativos naturais ou criados e mão-de-obra especializada, capaz de atender os visitantes.

b) Alguém querendo viajar. Uma cabeça aberta, capaz de encontrar uma viagem no livro à sua frente, numa montanha ou, simplesmente, no raio de sol batendo na janela, logo pela manhã.

c) Precisa de mulher pelada no cartão-postal do país. Quer saber? Puritanismo não vende. Sacou?

Quando for turismólogo, eu...

a)
Viajarei pelas cidades históricas, municípios do litoral brasileiro, grandes capitais do mundo, desertos, montes nevados, florestas, savanas...

b) Vou incentivar a construção de pousadas quase dentro das cachoeiras. Preservação é coisa de ecochato. Se a natureza está acabando, a gente tem mais é que faturar antes que acabe.

c) Trabalharei junto às comunidades locais dos municípios de Minas. Quero que estejam preparadas para receber os turistas e que lucrem com isso, de diversas maneiras.

Se marcou c/a/c, você tem futuro.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)