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Estado de Minas

Guia de profissões: Químico


postado em 24/11/2008 09:53 / atualizado em 08/01/2010 04:00

 
Pra entender os processos que fazem parte do cotidiano de todos
-->Processos químicos fazem parte de quase tudo em seu dia-a-dia. Do xampu ao chiclete, passando pela cor da tinta das paredes do seu quarto e das explosões que são realizadas dentro do motor do carro que leva você pra escola. Entender parte desses processos nas aulas do ensino fundamental já pode ser fascinante. Imagina, então, se aprofundar no estudo da química?

Quem quer seguir esse caminho precisa passar pela faculdade. É bom avisar que a graduação em química requer conhecimentos sólidos de matemática e física. O curso também flerta com a biologia, mas de leve. Alunos que têm interesse em intensificar os estudos voltados pra área biológica devem procurar uma pós-graduação que supra tal necessidade. Em cursos com currículo flexibilizado, como o da Universidade Federal de Minas Gerais, é possível escolher disciplinas optativas relacionadas à biologia, ainda na graduação.

“Pra dar conta, o aluno precisa se organizar. O conteúdo é extenso e o curso exige um grau de dedicação grande. São várias disciplinas de exatas, além de outros conteúdos, como mineralogia”, avisa Ana Lúcia de Souza, coordenadora do curso de química da UFMG. Segundo a professora, o estudante deve ter interesse pelas aulas teóricas e práticas e curiosidade intelectual, por causa da proximidade do químico com a pesquisa. Fazer estágios e participar de programas de iniciação científica ajudam a lapidar as habilidades técnicas e acadêmicas.

É possível escolher entre duas modalidades do curso de química: a licenciatura e o bacharelado. O ideal é o aluno pensar, desde o início, no rumo que sua carreira vai tomar, dependendo da modalidade escolhida. A licenciatura permite ao profissional dar aula em escolas de nível médio e fundamental. O bacharelado tem ênfase em pesquisa e prepara melhor para o trabalho na indústria e nos laboratórios, por exemplo.

“Embora o químico licenciado possa exercer as mesmas funções do bacharel, os empregadores da indústria costumam preferir quem se formou no bacharelado. Isso porque, na licenciatura, o aluno passa algum tempo estudando disciplinas ligadas à educação. Nesse mesmo tempo, o aluno que opta pelo bacharelado assiste a aulas mais voltadas para o mercado”, explica Ana Lúcia.

É bom frisar que lecionar em colégios é função exclusiva de quem faz a licenciatura. Uma boa dica para os bacharéis é complementar a formação graduando-se também em licenciatura, a fim de manter a porta do magistério aberta. Foi o que fez Maurício Costa, bacharel e licenciado em química há sete anos. Ele e é contratado da Copasa desde 2004, mas também já deu aula na rede estadual de ensino.

Maurício confirma que sua profissão é propícia pra quem gosta de pesquisar, por isso ele concluiu um mestrado em química inorgânica. “As melhores oportunidades são pra quem se especializa”, garante. Maurício vê o mercado com otimismo “A indústria está começando a reconhecer a importância do químico. E esse profissional é mesmo fundamental pra participar do controle de qualidade ou do desenvolvimento de novos produtos”, acredita.

Entre os principais locais de trabalho do químico está a indústria – da mineradora à alimentícia – laboratórios, centros de pesquisa, empresas que comercializem produtos químicos, escolas de nível médio, fundamental e nas universidades. Ao desempenhar algumas funções, na prática, o químico pode competir com o engenheiro químico e com o técnico em química. Quanto ao técnico, é bom saber que a formação é mais rápida, mas a remuneração costuma ser mais baixa.

Pra se destacar, o químico tem de se manter permanentemente atualizado, as novidades são muitas. O ideal é buscar uma especialização e adotar o hábito de ler revistas de divulgação científica. A rede de contatos também é importante. “De um seminário ou congresso, pode surgir uma nova idéia ou uma nova parceria que faça a diferença”, explica Ana Lúcia.

Com o aquecimento da indústria nacional, o mercado é bom para os químicos. Além disso, a opção de ser um professor da rede particular ou pública do ensino médio e fundamental facilita a colocação do profissional recém-formado no mercado de trabalho. Passando longe do fantasma do desemprego, o químico tem mais chances de se especializar, com calma, e multiplicar as possibilidades de ocupar cargos melhores, que tenham remuneração mais alta. Não custa lembrar: o cenário é positivo, mas as previsões só farão sentido, de verdade, se o candidato à químico gostar da área, dos tubos de ensaio e do jaleco. Afinal, a gente sempre faz questão de frisar:o sucesso profissional é importante, mas ter prazer na carreira escolhida é fundamental. Até porque esse prazer e o tal sucesso têm tudo a ver um com o outro.


VESTIBULAR

A UFMG oferece duas modalidades do curso de química: bacharelado e licenciatura, no curso diurno. À noite, há apenas licenciatura. A novidade é que a partir de 2010 haverá também a oferta do bacharelado tecnológico, mais voltado pra área industrial.


QUANTO GANHA

Técnicos em química não têm um piso salarial. A remuneração pode variar entre R$ 750 e R$ 1,5 mil.

Quem tem formação em nível superior recebe, no mínimo, oito salários mínimos por mês por 8 horas de trabalho por dia.


TESTE

Posso ser químico?

Quero cursar química, porque...
a) Terei condições de fazer o meu próprio chiclete. Já pensou que economia?

b) Gosto de química, biologia, matemática e acho empolgante ter a oportunidade de construir coisas.

c) Quando tem aula no laboratório, vou para o colégio até mais feliz. Quero aprender cada vez mais sobre a química.

O que é Mol?
a) Unidade de uma grandeza: 1 mol é igual a 6,02 x 1023 unidade. Tipo, um 6 23 zeros. Imagina: 600.000.000.000.000.000.000.000!

b) Fácil. É o sobrenome de uma amiga minha: “Vanessa Mol”.

c) Mol? Mol?... O que será um Mol? Só sei que rima com Sol. E com o etanol... Sem esquecer o aerosol. Ai, a poesia perpassa tudo, até mesmo teste de conhecimentos de química.

Pra mim, o jaleco é:
a) O mesmo que guarda-pó, vestimenta branca que tem o objetivo de evitar o contato de substâncias com a roupa ou a pele de quem as manuseia. Conhecido como “avental” em algumas partes do Brasil.

b) Item obrigatório das aulas práticas de química, mas sempre esqueço de levar para o colégio...

c) “Jaleco”...Uma fusão de “já” de “eco”...Remete a tudo ao presente, ao que já é... Mas também lembra o que ecoa, ou seja: aquilo que se propaga e tem a ver com o futuro. Que viagem... O português é uma língua tão bonita!

Se marcou c/a/a, você tem futuro.


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