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Estado de Minas

Estudantes têm ambição e ilusão com relação ao salário e à carreira


postado em 24/11/2008 07:52 / atualizado em 08/01/2010 04:00

A vida de um estudante universitário é marcada por dois momentos de transição: a chegada à academia e a saída. São dois olhares para a inserção profissional, mas ambos igualmente repletos de incertezas e expectativas. Deixar “as asas protetoras da mãe-escola” – como define a psicóloga e professora da disciplina orientação profissional na PUC Minas, Mariza Tavares Lima –, porém, é ainda mais desafiador. Significa perder um atenuante ao cometer erros e partir para um universo em que estar preparado é pré-requisito básico.

Que o mercado de trabalho é mais feroz que o ensino superior, todo mundo sabe. Mas a nova geração de profissionais, a ser lançada na corrida por empregos ainda este ano, parece não estar muito assustada. Dos 116 estudantes brasileiros que vão se formar no fim de 2008 entrevistados pela Accenture (empresa de tecnologia, consultoria e outsourcing), 71% acreditam que conseguirão um emprego integral em no máximo três meses depois da graduação.

As entrevistas fazem parte de um estudo global, realizado com cerca de 2,5 mil formandos dos Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha, Rússia, Índia e China. Entre os resultados apresentados pela pesquisa no país, dois a cada três jovens dizem estar à procura de uma colocação e 39% trabalham. Os brasileiros também se mostraram mais otimistas: apenas 8% classificaram como extremamente complicada a busca por uma ocupação, enquanto nos outros países o percentual foi de 11%.

O fator salário lidera a lista do que os estudantes consideram importante a ser oferecido no primeiro emprego, seguido por um trabalho interessante e desafiador. Além disso, a pesquisa revelou que mais da metade dos estudantes pretende trabalhar menos que 40 horas na semana e aceitaria trocar parte do salário por um horário de trabalho flexível ou uma oportunidade de experiência no exterior. Provando que chegam com uma lista de exigências com as quais poucos empregadores tiveram que lidar no passado, os novos profissionais também receiam não ter suas habilidades aproveitadas plenamente ou não desenvolver novas capacidades.

CONVICÇÃO

Saber o que a nova geração almeja em relação à carreira para os próximos anos é fundamental para as empresas se moldarem e oferecerem, dentro do razoável, o que essa turma espera. Para Rodolfo Eschenbach, líder da área de consultoria para organização e talentos da Accenture, “os estudantes apresentam uma boa dose de expectativa, de ambição e de ilusão, principalmente no que se refere ao salário e à carreira, mas também têm muito mais conhecimento sobre o mercado de trabalho do que se tinha há cinco, 10 anos. Definitivamente, estão mais convictos”.

Segundo Rodolfo, os formandos brasileiros se mostraram “um pouco mais otimistas que os de outros países, mas isso tem a ver com o momento em que a pesquisa foi realizada (em março), em que estávamos vivendo a euforia da economia. Quando a crise surgiu, fizemos algumas perguntas adicionais”. Entre os novos questionamentos, 57% dos entrevistados responderam estar preocupados com o risco de a economia enfraquecida diminuir as vagas para o primeiro emprego. Nada desesperador, porém, para quem coloca o desafio em segundo lugar na lista de prioridades.


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