Na montagem das aulas, programas como Word e Photoshop, conversores de vídeo, placa digitalizadora, scanner e acesso à internet são atualmente recursos dos mais usados. “As principais ferramentas que adoto em sala são o apresentador Powerpoint e o Windows Media Player, que possibilitam aulas com texto mais legível, imagens nítidas e coloridas. O uso de filmes e recursos sonoros torna a aula bem mais atraente. Mostrar um animal em seu habitat e com o seu comportamento natural é muito mais rico do que apresentar uma foto em preto-e-branco na apostila”, afirma.
Segundo ele, com o advento da internet, a construção do saber ficou mais desvinculada da figura do tradicional professor, atuando em sala com aulas expositivas. “Os alunos colhem informações diversas enquanto surfam na rede e se preparam para o vestibular. Para ter idéia de como a tecnologia avança sobre o ensino, em algumas escolas alunos de quinta série do ensino fundamental, entre 10 e 11 anos, cobram da direção a implantação de lousas eletrônicas e de laptops individuais nas carteiras, para que possam passar as aulas para seus pen drives”, informa.
DEBATES VIRTUAIS
Para Eduardo Gonzaga, professor de geografia do Colégio Pitágoras, o computador e a internet fizeram com que a aula se prolongasse além dos 50 minutos normais. “Todas as salas de aula dos bons colégios e cursos devem ter hoje computador e recursos multimídia. Ao sugerir sites para pesquisas e outras opções de busca de informações, damos mais condições ao aluno de se preparar melhor para o vestibular”, diz.
A geografia, de acordo com ele, é escrava da atualidade. A informação, portanto, deve estar disponível para o estudante de imediato, o que transforma a internet na melhor ferramenta de ajuda. “O importante, porém, é que o aluno busque informações nos endereços confiáveis. Sites como do IBGE e da BBC Brasil são fontes de pesquisa das melhores. Muita gente critica a Wikipédia, duvidando da credibilidade de suas informações. Não concordo plenamente com isso, pois acho a enciclopédia virtual também uma boa opção. Claro que ela apresenta alguns dados falhos, mas, no geral, ajuda bem mais do que compromete”, considera.
Outra bom auxílio aos estudantes que pretendem fazer vestibular são, na opinião de Eduardo Gonzaga, as salas de debates e os blogs, onde o que é ensinado em sala de aula fica à disposição do aluno pela rede. “Isso precisa se tornar uma prática mais comum, pois permite ao internauta maior convivência com a matéria, a qualquer momento. Outro processo que adoto e que os alunos podem usufruir a toda hora, é um sistema de e-mail com senha. Todo mundo que tem essa senha consegue obter informações sobre determinada matéria e tirar dúvidas simplesmente acessando o meu endereço. Para quem vai fazer provas, é um ótimo canal de estudo.”