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Estado de Minas

Socorro pela rede


postado em 20/11/2008 17:37 / atualizado em 08/01/2010 04:02

Candidata a uma vaga no curso de direito, Luisa Margotti recorre a enciclopédias virtuais mas sempre debate o tema com o professor(foto: Juarez Rodrigues/ EM/D.A Press)
Candidata a uma vaga no curso de direito, Luisa Margotti recorre a enciclopédias virtuais mas sempre debate o tema com o professor (foto: Juarez Rodrigues/ EM/D.A Press)

Muitos jovens têm dificuldade de estudar sozinhos, o que acaba por levá-los a não se preparar adequadamente para o vestibular. Por isso, já é comum buscar ajuda de outros vestibulandos pela internet. Foi assim que Michel Souza, de 21 anos, conseguiu passar sem grandes dificuldades no vestibular para design gráfico, curso que faz desde o início de 2007. Como tinha certa dificuldade para estudar e era fissurado em internet, criou em 2006, no Orkut, a comunidade Grupo de Estudos On-line, que se tornou, para ele, a principal ferramenta preparatória para as provas. A comunidade tem mais de 2.550 integrantes e vida própria. Pelo endereço, estudantes de todo o país marcam encontros e organizam planos de estudos.

“No início, éramos 15 pessoas trocando informações e marcando encontros de estudos pela internet. Depois, com auxílio do programa de bate-papos on-line Paltak, que pode ser baixado em www.paltak.com e tem ótimos recursos de áudio, texto e vídeo, começamos a programar as aulas. Cada um de nós era obrigado a dar uma aula por semana sobre a matéria que melhor dominasse. Assim, a gente era obrigado a se preparar mais do que o normal para ensinar corretamente”, lembra.

Ele não tem qualquer dúvida de que o grupo de estudos foi essencial para sua aprovação no vestibular, já que o endereço se transformou em uma ótima oportunidade para discutir questões e realmente aprender. Destaca, entretanto, que durante as pesquisas feitas pelo grupo na web muita coisa ruim foi encontrada. “Foi preciso selecionar bem as informações.”

É o que faz, por exemplo, a estudante Luisa Margotti de Carvalho, de 18, que vai fazer vestibular para direito. “Sempre busco checar as informações que obtenho nas minhas pesquisas. Quando leio alguma coisa na internet sobre a qual não tinha qualquer conhecimento anterior, procuro imediatamente um professor para me inteirar melhor sobre o assunto. Também busco ajuda junto aos professores quando o que pesquiso não se encaixa direito no contexto das aulas em sala. Informação errada só me levará a enganos na hora da prova”, ressalta.

Arthur Brandão vai fazer medicina e sempre busca questões de outros vestibulares na página da UFMG, como forma de se preparar(foto: Juarez Rodrigues/ EM/D.A Press )
Arthur Brandão vai fazer medicina e sempre busca questões de outros vestibulares na página da UFMG, como forma de se preparar (foto: Juarez Rodrigues/ EM/D.A Press )
TESTES ANTERIORES
Além das pesquisas do dia-a-dia que faz, principalmente pelos endereços do Wikipédia e do Google, Luisa busca se preparar melhor resolvendo questões de exames anteriores. E tem uma metodologia própria que, certamente, lhe renderá bons frutos. “Pelo menos três vezes por semana baixo de algum site provas de outros vestibulares, com os gabaritos, e tento resolvê-las. As dúvidas que aparecem eu as levo para o professor me ajudar posteriormente”, revela.

Acessar questões de outros vestibulares é também costume do estudante Arthur Brandão de Castro, de 17, que vai fazer exames na UFMG para medicina. “É uma boa forma de preparação para as provas, pois a gente vai, ao resolver as questões, se familiarizando com elas. As provas de vestibular são cheias de macetes, que alguns alunos definem como pegadinhas. Nada melhor do que conhecer como são feitas, por meio de exemplos anteriores”, diz Arthur. Ele dá a dica. Basta acessar o site da faculdade onde se pretende prestar vestibular que as provas estão lá. “No endereço da UFMG, por exemplo, a gente encontra testes que foram aplicados em todos os anos.”

As aulas pela internet, dadas por vários professores, são outro bom canal de aprendizagem, concordam Luisa e Arthur. “São opções extraclasse oferecidas pela escola. É como se a gente estivesse em aula o tempo todo. Esse tipo de aula ajuda muito a fixar a matéria e, caso surjam dúvidas, tirá-las depois com o professor.” Além das aulas pela rede, os recursos multimídia e as apresentações de vídeos ajudam também o estudante Rafael Pinheiro, de 22, que vai tentar medicina, a visualizar e compreender mais facilmente os conteúdos. “Pela rede acompanho as notícias mais recentes, que são temas muito abordados nas provas, tenho acesso aos testes de vestibulares anteriores, simulados, resolução de questões e obtenho até dicas de professores e outros profissionais ligados ao vestibular. Quem souber aproveitar melhor esses recursos sai na frente na batalha que temos de enfrentar”, completa.

 


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