A contratação do goleiro Bruno Fernandes, de 32 anos, pelo clube mineiro Boa Esporte, da cidade de Varginha, no Sul de Minas, não para de gerar repercussões. Dessa vez, o efeito cascata da manifestação dos patrocinadores contrários à contratação foi parar na empresa paulista Kanxa, fornecedora de material esportivo do clube.
A Kanxa foi fundada em 1986 e atualmente fornece uniformes para 18 clubes do Brasil. Ainda segundo Grer, se o Boa desistir da contratação de Bruno, a empresa pode rever sua posição, mas tudo vai depender das possibilidades apontadas em conversa com o advogado, nesta segunda-feira. Ele estava em viagem no fim de semana.
O gerente também destaca que a exposição negativa da marca foi muito grande e como Bruno ainda não teve seu julgamento confirmado - a defesa aguarda apreciação de recurso contra a condenação pela morte de Eliza Samudio no TJMG - não há como dizer que o goleiro já cumpriu sua pena. "Ainda acreditamos que houve uma falta de sensibilidade com a contratação na semana do Dia Internacional da Mulher", completa.
O contrato da Kanxa com o Boa prevê apenas o fornecimento dos uniformes dentro e fora de campo e não estipula nenhuma quantia financeira, de acordo com Sergio Grer.