O goleiro Bruno Fernandes chegou por volta de 12h ao Fórum de Contagem nesta quarta-feira para o terceiro dia de julgamento. Sob forte esquema de segurança, o acusado entrou pela portaria lateral do tribunal, como na segunda e terça-feira. A expectativa é que os trabalhos sejam iniciados no salão do júri com o depoimento do ex-atleta. Advogados garantem que o acusado vai falar tudo que sabe, no entanto ele não deve responder perguntas do promotor Henry Vasconcelos.
Ao mesmo tempo será julgado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) um habeas corpus impetrado pelo advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, há cerca de 70 dias. No documento, a defesa pede prisão domiciliar para Bruno, que tem proposta do Boa Esporte Clube, de Varginha, para jogar.
Silêncio de advogado
Muitos curiosos tomaram a porta do fórum no início da tarde, diferente do período da manhã em que o tribunal ficou vazio. A população faz fotos e vídeos da movimentação da imprensa. Todos estão na expectativa para saber o que o goleiro tem a dizer no depoimento diante da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, chegou ao fórum em silêncio e com semblante sério. Diferente dos outros dias de júri, quando brincou com jornalistas e deu entrevistas, ele passou sem falar com a imprensa.
Dayanne
Na noite de ontem prestou depoimento a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, que também é ré no proccesso. Ela foi interrrogada pelo promotor que concluiu pela fala da acusada: “A participação do Bruno foi determinante, elementar, motivadora, de todos os acontecimentos que encejaram o sequestro e cárcere privado de Eliza e seu bebê e que repercutiram no assassinato e na ocultação subsequente do seu cadáver. Tudo aconteceu por causa do Bruno, em função de Bruno e por determinação dele”.