Jornal Estado de Minas

'Justiça será feita nesta sexta-feira', diz assistente de acusação

Os assistentes de acusação, Cidnei Karpinski e José Arteiro, chegaram confiantes no fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, pela condenação de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e de Fernanda Gomes Castro, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. Mesmo sendo um dia de extrema importância no caso, o clima no lado de fora do tribunal é de plena tranquilidade. Poucos curiosos apareceram no local.

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A expetativa da acusação é de que Macarrão pegue uma pena dura. “Estou prevendo que ele pegue uma pena acima de 20 anos e a Fernanda de cinco a oito anos”, disse Karpinski. Já Arteiro afirma que a confissão parcial de Luiz Henrique, pode aliviar um pouco a condenação do réu. “Não posso dizer que ele vai ganhar um prêmio. Posso dizer que foi a única pessoa que falou que o Bruno realmente é mandante. Ele merece ter uma pena bem menor do que a do Bruno”, disse.

As manobras usadas pela defesa desde o início do processo para desmembrar o processo, tornou os trabalhos cansativos, porém, para Kapinski, isso não vai influenciar na decisão dos jurados.
“Foi desgastante principalmente para a sociedade por ver os réus tentando se esquivar de estar perante a lei e diante do tribunal do júri. Essa esquiva é por medo, porque vão ser condenados. Cometeram um delito e vão ser condenados”, afirmou. Para ele, a Justiça será feita nesta sexta-feira. Será um marco, pois a justiça será apresentada hoje novamente à sociedade brasileira”, comentou.


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A voz do povo

Os trabalhos desta sexta-feira serão iniciados com o debate entre defesa e acusação. O primeiro a falar será o promotor Henry Vasconcelos de Castro, que terá o tempo de duas horas que poderá ser divido entre os assistentes de acusação. José Arteiro pretende argumentar por cerca de uma hora.
“Eu vou ser o povo falando e o promotor vai ser o Ministério Público. Vou dizer para os jurados o que o povo sente, o que o povo quer, e o que tem que ser feito”, afirma Arteiro.

Os assistentes de acusação vão usar a estratégia de tocar o emocional dos jurados. “Com o pouco espaço que temos hoje vamos trabalhar para demonstrar os jurados para salientar essas provas, mas principalmente na questão emocional para que traga a eles toda a tranquilidade, serenidade de que não estão colocando nenhum inocente na cadeia”, disse Karpinski.

Logo depois da argumentação da acusação, a defesa também terá o mesmo tempo para fazer a argumentação. .