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Estado de Minas

Perito diz que vai contestar provas contra Bola


postado em 12/08/2010 10:13 / atualizado em 12/08/2010 10:54

George Sanguinetti afirmou que fica em BH por prazo indeterminado para questionar a perícia feita pela polícia mineira(foto: Reprodução/TV Alterosa)
George Sanguinetti afirmou que fica em BH por prazo indeterminado para questionar a perícia feita pela polícia mineira (foto: Reprodução/TV Alterosa)
Ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na noite de quarta-feira, o perito alagoano George Sanguinetti esclareceu como vai atuar junto à defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O médico legista e professor de medicina legal da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), disse que foi contratado pelo advogado de defesa de Bola, Zanone Manoel de Oliveira Júnior. Sanguinette ainda afirmou que não há provas que embasem uma ação direta contra Marcos Aparecido dos Santos.

Sanguinetti acredita que a Polícia Civil de Minas Gerais trabalhou com bastante afinco no caso. No entanto, o perito questiona os motivos que levaram a polícia a prender o ex-policial civil. O médico legista constestou o fato de a polícia não ter encontrado nenhum vestígio de sangue na casa de Bola, onde o adolescente J. afirmou que Eliza havia sido assassinada.

O primeiro depoimento do adolescente J, de 17 anos, que apontou Bola como executor de Eliza, narrava um crime bárbaro. O adolescente disse que Bola teria estrangulado a mulher, esquartejado o corpo e alimentado cães com a mão da jovem.

Veja trecho da entrevista e confira a reportagem completa no Jornal da Alterosa, às 12h50:




Um crime cometido dessa forma teria deixado vestígios de sangue, completou o perito. Ele comentou que as provas testemunhais podem ser consideradas quando não há a materialidade (o corpo), mas que os depoimentos devem se encaixar com as provas colhidas pela perícia para que se prove o assassinato.

Zanone irá orientar os trabalhos do médico legista que, inicialmente, vai trabalhar sozinho para fazer novas perícias nos materiais encontrados pela polícia. Sanguinette explicou que vai atuar para eliminar provas que não estejam corretas e que não vê necessidade de uma perícia psicológica no adolescente.

J. desmentiu os primeiros depoimentos, onde dizia que tinha visto Bola estrangular Eliza e alimentar cães com uma das mãos da mulher. Ele disse que inventou a versão depois de ser pressionado por policiais no Rio de Janeiro, onde prestou as primeiras declarações.

O médico legista comentou que muitas pessoas ligadas ao crime estão presas e que não há nada de concreto contra alguns acusados, o que poderá ser percebido ao longo do processo judicial.

O perito disse que não tem prazo para deixar Belo Horizonte. Ele deixou claro que não veio procurar o corpo, mas que acredita que podem surgir vestígios de materialidade. No entanto, Sanguinette afirmou que não vai trabalhar em linha contrária à da defesa de Bola e que o papel de provar que houve um homicídio é da polícia.

Outros casos

O médico legista e ganhou fama depois de trabalhar paralelamente no assassinato do empresário Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro do presidente cassado Fernando Collor de Melo, e atuar em favor do casal Nardoni. Ele destacou a diferença do caso do sumiço de Eliza Samudio dizendo que nos outros dois casos ele tinha um cadáver para atestar que houve um homicídio.

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