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Estado de Minas

MP pode formar força-tarefa para analisar inquérito do caso Bruno


postado em 31/07/2010 20:30 / atualizado em 31/07/2010 20:37

A formação de um grupo de apoio ao promotor de Justiça Gustavo Fantini de Castro, que analisa o inquérito do sumiço e suposto assassinato da modelo Eliza Samudio, de 25 anos, no qual o goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, de 25, aparece como principal envolvido, pode se tornar uma realidade nesta semana. A informação é de uma fonte ligada ao caso, que garante que cópias do inquérito, que contém 1,6 mil páginas, já estaria nas mãos de colegas de Fantini, que tem prazo até sexta-feira para apresentar ou não denúncia contra Bruno e outros oito indiciados.

O procurador-geral de Justiça, Alceu Marques, em viagem de férias, e seu substituto, Geraldo Vasquez, não foram encontrados para falar sobre a possibilidade de a acusação ganhar esse reforço. Com o curto prazo para manifestação do Ministério Público, diante da complexidade do caso e até mesmo de sua repercussão, a estratégia teria como objetivo auxiliar o promotor de Contagem, porém, sem interferências em sua decisão.

O promotor Francisco Santiago, com 17 anos de experiência em júri, disse desconhecer a criação do suposto grupo de apoio. Fora de Belo Horizonte desde a quinta-feira, Santiago disse que, se de fato for adotada a medida de reforço, seria uma situação normal e não veria problemas em contribuir dentro do processo.

O advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno, a mulher do jogador, Dayanne Rodrigues, e outros quatro acusados, não quer comentar qualquer estratégia da acusação. Para ele, seus clientes sequer podem ser denunciados por homicídio, diante do que foi apresentado no inquérito policial. Instigado sobre a possibilidade de que eles venham a ser denunciados, Quaresma admitiu que pode adotar a “tática do silêncio” também na fase de instrução do processo.

Recentemente, o borracheiro Fábio Willian da Silva Soares, também cliente do advogado, manteve-se em silêncio na fase de inquérito e perante a Justiça, sobre o assassinato de sua ex-mulher, cujo crime foi registrado por câmeras de segurança. O advogado Marcos Siqueira, que defende o primo do goleiro Sérgio Rosa Sales, único indiciado que cooperou com a polícia, afirma que, no caso de seu cliente, o silêncio apenas iria incriminá-lo. “O inquérito policial é muito consistente. Ficar calado, sem usar seu direito de ampla defesa, somente o envolveria em situações em que não teve participação.”

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