O goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes Souza, de 25 anos, pretende processar o Estado por mantê-lo preso. Pelo menos é o que revelou, num diálogo com um carcereiro da penitenciária Nélson Hungria (Segurança Máxima de Contagem), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que foi gravado e exibido quinta-feira com exclusividade no Programa do Ratinho, do SBT/Alterosa. Nas imagens, o jogador demonstra não estar abatido e ainda pode ser ouvido cantando a música Faroeste caboclo, do Legião Urbana, dentro de sua cela. Ele também conta ao agente prisional como conheceu o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, de 47, o Bola ou Neném, e lembra que o prazo de sua prisão temporária está próximo de terminar.
No vídeo, gravado com uma microcâmera, o guarda penitenciário puxa assunto com Bruno: "E aí, tudo bem? Como é que tá esse martírio aí?". O goleiro diz que está tranquilo e o agente pergunta se ele vai ser libertado. “Tô esperando ver se sai o habeas corpus. Esperar lá fora, ver o que vai acontecer. O negócio é que 'os carão' estão falando demais, né cara? Até porque não existe nada...", respondeu o jogador.
Ao ser instigado pelo carcereiro novamente para continuar falando do assunto, Bruno dispara: "Tá acabando o prazo. Eu acho que eu vou processar o Estado, senhor. Por tudo que fizeram comigo. Tá f..... . Eu perco de um lado e ganho do outro. Só que eu perdi mais que ganhei."
O agente pergunta ao goleiro sobre o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que também está preso, e sobre Bola, que aparece nas imagens reclamando de uma crise de bronquite. Bruno então comenta sobre a amizade com Macarrão e revela o que teria motivado o contato com o ex-policial: "Macarrão é meu amigo, pô. Meu amigo não, é meu irmão. O Bola a gente já conhecia. O negócio do Bola é que a gente ia arrumar um teste para o filho dele. Tem 21 anos o filho dele, 20 anos, não sei..." .
O jogador, porém, afirma que não sabia do envolvimento de Marcos Aparecido com acusações de homicídio nem de sua expulsão da Polícia Civil de Minas. “Foi através de um amigo nosso, o Zezé, de um grupo de pagode, tá ligado? E a gente manteve contato. Nem sabia do passado desse cara (Bola) aí não”, assegura. Nas investigações sobre o sumiço e suposto assassinato de Eliza Samudio, de 25, ex-namorada de Bruno, com quem teria um criança, que está com 5 meses, Marcos Aparecido é apontado como o homem que matou a jovem e desapareceu com o corpo.
Apuração
Na quinta-feira à noite, a Corregedoria do Sistema de Defesa Social informou que será aberto procedimento preliminar de apuração, de âmbito administrativo, para analisar as circunstâncias em que o vídeo foi gravado. O agente penitenciário já foi identificado, por meio das imagens do circuito interno de segurança da prisão e hoje deve ser ouvido. Já se sabe que o servidor, que não é concursado, usou uma microcâmera para captar as imagens do goleiro e dos outros detentos, Bola e Macarrão, o que contraria as normas de conduta interna da prisão.
No vídeo, gravado com uma microcâmera, o guarda penitenciário puxa assunto com Bruno: "E aí, tudo bem? Como é que tá esse martírio aí?". O goleiro diz que está tranquilo e o agente pergunta se ele vai ser libertado. “Tô esperando ver se sai o habeas corpus. Esperar lá fora, ver o que vai acontecer. O negócio é que 'os carão' estão falando demais, né cara? Até porque não existe nada...", respondeu o jogador.
Ao ser instigado pelo carcereiro novamente para continuar falando do assunto, Bruno dispara: "Tá acabando o prazo. Eu acho que eu vou processar o Estado, senhor. Por tudo que fizeram comigo. Tá f..... . Eu perco de um lado e ganho do outro. Só que eu perdi mais que ganhei."
O agente pergunta ao goleiro sobre o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que também está preso, e sobre Bola, que aparece nas imagens reclamando de uma crise de bronquite. Bruno então comenta sobre a amizade com Macarrão e revela o que teria motivado o contato com o ex-policial: "Macarrão é meu amigo, pô. Meu amigo não, é meu irmão. O Bola a gente já conhecia. O negócio do Bola é que a gente ia arrumar um teste para o filho dele. Tem 21 anos o filho dele, 20 anos, não sei..." .
O jogador, porém, afirma que não sabia do envolvimento de Marcos Aparecido com acusações de homicídio nem de sua expulsão da Polícia Civil de Minas. “Foi através de um amigo nosso, o Zezé, de um grupo de pagode, tá ligado? E a gente manteve contato. Nem sabia do passado desse cara (Bola) aí não”, assegura. Nas investigações sobre o sumiço e suposto assassinato de Eliza Samudio, de 25, ex-namorada de Bruno, com quem teria um criança, que está com 5 meses, Marcos Aparecido é apontado como o homem que matou a jovem e desapareceu com o corpo.
Apuração
Na quinta-feira à noite, a Corregedoria do Sistema de Defesa Social informou que será aberto procedimento preliminar de apuração, de âmbito administrativo, para analisar as circunstâncias em que o vídeo foi gravado. O agente penitenciário já foi identificado, por meio das imagens do circuito interno de segurança da prisão e hoje deve ser ouvido. Já se sabe que o servidor, que não é concursado, usou uma microcâmera para captar as imagens do goleiro e dos outros detentos, Bola e Macarrão, o que contraria as normas de conduta interna da prisão.