Startup mineira oferece aplicativo de estudos por apenas R$ 9,99 mensais

Gameficação de conteúdo incentiva usuário a estudar mais para ganhar pontos, mudar de níveis e, principalmente, conquistar mais conhecimentos


 

Julia Boaventura/Divulgação

Ser fluente em um segundo idioma ou, até mesmo, encher a cabeça de novos conhecimentos são ações fundamentais para quem tem aspirações profissionais. No entanto, para alcançar esse objetivo as pessoas têm esbarrado em dois problemas: tempo e dinheiro para estudar.


Para solucionar esses entraves, a modalidade de ensino “mobile learning”, mais conhecida como aplicativo de estudos, tem crescido bastante no Brasil e, hoje, já é uma alternativa real para a capacitação de quem não tem como frequentar aulas presenciais, seja qual for o motivo. Em março deste ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), apontando que 40,2 milhões de brasileiros demonstraram interesse em fazer curso de qualificação profissional, mas que apenas 3,4 milhões frequentaram algum curso nesse tempo.

 

E foi especialmente por conta do atual cenário que Ricardo Drummond, CEO da mLearn, plataforma de educação móvel, lançou, em outubro do ano passado, o aplicativo Qualifica cursos. A ferramenta, que tem a tecnologia Zenvia, companhia brasileira que viabiliza a comunicação entre empresas e consumidores por meio de seus dispositivos móveis, permite que o usuário tenha acesso aos diversos tipos de conteúdos a qualquer hora e em qualquer lugar, e que determine o próprio ritmo de estudo.

 

“O Qualifica cursos é um dos nossos aplicativos novos, é o Netflix dos cursos. Você paga uma assinatura de R$ 3,99 por semana, ou R$ 9,99 por mês, e tem acesso a mais de 50 cursos, entre eles os de inglês, espanhol, técnicas de vendas, gestão do tempo, fotografia digital e cursos na área de saúde, que podem ser feitos no seu dispositivo móvel. O funcionamento pode ser off-line também, bastando ao usuário baixar as aulas. Além disso, ele é todo gameficado, incentivando o estudante a se aprimorar para ganhar pontos e mudar de níveis”, explica Ricardo. O profissional faz questão de exaltar a gameficação do aplicativo como um atrativo a mais para o usuário. Segundo ele, empresas corporativas usam a gameficação para ranquear os próprios funcionários dentro do aplicativo.

Paulo Pianetti/Divulgação
 

 

PLANEJAMENTO O conteúdo presente na ferramenta é cuidadosamente preparado e feito por especialistas da área de educação. São várias as modalidades de learning dentro da plataforma: em forma de texto, áudio, vídeo, perguntas e respostas etc. “O conteúdo é todo escrito por especialistas e planejado por pedagogos. Existe toda uma curadoria da empresa. Temos uma procura crescente por esse tipo de qualificação, até porque, é muito barata. Além de conteúdo de qualidade está disponível na hora em que o cliente quiser”, diz.

 

Sobre as aulas, Ricardo afirma que a metodologia imposta busca manter a atenção do aluno o tempo todo. Ou seja, os vídeos são de curta duração e os textos pequenos. “Para cada curso que desenvolvemos, contratamos um professor especialista. Ele trabalha com nossa equipe pedagógiga e, depois, gravam as videoaulas. Não existe interação entre aluno e professor nos cursos do Qualifica. Como as aulas são feitas para serem assistidas em dispositivos móveis, planejamos para que ela não passe dos cinco minutos. Preferimos dividir em mais videoaulas. A gente sempre mescla texto, vídeos, perguntas e respostas etc.”, detalha.

 

A pessoa que desejar ter acesso ao Qualifica não precisa nem ter cartão de crédito. A cobrança do valor mensal ou semanal vem por meio de tarifação nas contas das operadoras de telefone. “O Qualifica não exige nenhuma carga horária e nem créditos em instituições de ensino, apesar de algumas utilizarem a plataforma. É um app de cursos livres, em que a pessoa pode aprender sozinha”, finaliza o CEO.

 

* Estagiário sob a supervisão da subeditora Elizabeth Colares


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