Explosão de inovações

A tecnologia amplia fronteiras, mas é preciso que as instituições se abram para essa onda de novidades e de incertezas. O tema foi abordado pelo Corporate Startup Summit, que fez um paralelo sobre a relação das grandes empresas com as startups


"A luz elétrica não veio da melhoria contínua das velas”. A frase abriu o Corporate Startup Summit, evento sobre a inovação no futuro das grandes empresas e a sua relação com as startups. Coordenado pelo Fiemg Lab, programa de aceleração de startups, tem como objetivo criar negócios de sucesso e alavancar a indústria mineira. Realizado ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, o evento contou com a participação de figuras importantes do cenário empreendedor mineiro, que proporcionaram “talks” e debates das várias circunstâncias que cercam uma empresa de tecnologia e inovação. O CSS foi uma ótima oportunidade para aquelas pessoas que querem começar a empreender, que já têm uma startup ou que fazem parte de uma grande empresa que está lidando com momentos de défict e incertezas.

A roda de conversas começou com os depoimentos de Ângela Flores e Paulo Brant, superintendentes executivos de operações do Sistema Fiemg e Relações Institucionais do Sistema Fiemg, respectivamente, que demonstraram sintonia no pensamento sobre a inovação das indústrias. “O Fiemg Lab é uma ferramenta de uma das vertentes mais férteis no mercado de startups. Vivemos uma explosão de inovação o tempo inteiro, mas a tecnologia não dá conta sozinha. Ela amplia fronteiras, mas temos que trilhar esse caminho e contribuir para que as instituições se abram para essa onda de inovação e novas tecnologias”, disse Paulo Brant.
Paulo Pianetti/Divulgação

Quem também marcou presença no evento e teve participação importante na conversa foi o diretor-executivo da ABStartup, Rafael Ribeiro. Formado em ciências da computação, Rafael tem um passado empreendedor já consolidado e, durante o evento, comentou sobre a relação empresas/startups e reforçou que a produtividade é o fator primordial para o sucesso dos que estão ingressando no mercado. “Para desenvolver um produto e testá-lo era preciso que se gastasse muito dinheiro. A startup oferece algo mais simples e eles dão a vida para entregar o produto funcionando, ainda mais levando em conta a produtividade, que é a questão primordial. Com o país em crise, todos querem obter lucro com o produto sob um baixo custo, e as startups estão aí para isso”, detalha.
 
ECONOMIA CRIATIVA
Além da participação de investidores e de grandes empresas, como a Localiza e a MRV, o secretário de estado adjunto de Ciências e Tecnologia, Vinicius Rezende, também contribuiu com a sua experiência no evento. Seguindo basicamente a mesma linha de raciocínio, o secretário destacou a aposta do governo em uma economia criativa e, ainda, o poder do governo de impulsionar esse ecossistema e de conectar startups às grandes empresas. “A mentalidade de uma startup é simples: não podemos fazer ou melhorar mais do mesmo, temos que criar algo novo. Nosso ecossistema de inovação e tecnologia não era fortalecido e estávamos perdendo as ideias dos mineiros para São Paulo, Rio de Janeiro e exterior. Chegamos à conclusão de que tínhamos – e ainda temos – um campo fértil no segmento para explorar. Estamos fazendo conexões de startups com grandes empresas, fazendo com que tenhamos em nosso estado o talento, a competitividade e a produtividade. Além de enxergar as startups como parceiras, é preciso ter a mentalidade de uma, com maior lucro e menor custo, independentemente do segmento. O Governo de Minas pode impulsionar esse ecossistema, criar a cultura empreendedora na juventude e conectar as startups às grandes empresas”, disse Vinicius Rezende. 
 
*Sob a supervisão da subeditora Elizabeth Colares

 

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