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Estado de Minas

Conheça o álbum Revolver (1966)


postado em 08/11/2012 08:05 / atualizado em 08/11/2012 09:03

(foto: Divulgacao / Beatles)
(foto: Divulgacao / Beatles)
Se Rubber soul já surpreendia o ouvinte, esta percepção foi claramente intensificada com Revolver. George Harrison, no documentário Anthology, afirmou que “não vejo muita diferença entre Revolver e Rubber soul, eles podiam fazer parte de um mesmo álbum”. Tal “sequência” do Rubber soul foi lançada em 5 de agosto de 1966, ficando cerca de dois meses no topo das paradas nos Estados Unidos e Inglaterra. É considerado por muitos o primeiro álbum genuinamente psicodélico da história, tendência que ganhou força neste mesmo ano e explodiu no ano seguinte, em 1967. Poucos dias após o lançamento, dia 30 de agosto, a banda fez seu último show em São Francisco, pois o grupo estava com dificuldade em reproduzir ao vivo o som demasiadamente complexo que faziam. Após esta data, a banda só fez mais uma apresentação, no terraço do prédio da Apple, em 30 de janeiro de 1969. Neste álbum, George Harrison contribui com três músicas: Taxman (crítica ao quanto ele pagava de impostos), a indiana Love you to e I want to tell you. O álbum, presente em várias listas como um dos melhores já lançados em todos os tempos, é rico e variado em suas composições e temas. Ode à preguiça e contemplação (I'm only sleeping), declaração de amor à maconha, disfarçando ser para uma garota (Got to get you into my life), a enigmática And your bird can sing (que seria um ataque de Lennon a McCartney), ou ainda música sobre médico que prescrevia drogas recreativas (Doctor Robert). No trabalho também estão presentes a viajante Tomorrow never knows, a revolucionária Eleanor rigby (e seu octeto de cordas), a nervosa She said she said (em virtude de uma viagem de LSD de Lennon) e as alegres Good day sunshine e For no one. Já Here, there and everywhere é claramente influenciada pelo álbum Pet sounds do Beach Boys. Outra curiosidade está na clássica Yellow submarine. Assim que foi lançada, críticos apontavam referências às drogas. No livro The Beatles – A história por trás de todas as canções, de Steve Turner, Paul McCartney endossa que é uma canção infantil, feita para crianças. Dois anos depois, foi lançado o desenho animado de mesmo nome, que de fato pode ser assistido pelos pequenos, mas que é absolutamente psicodélico. Polêmica No início de 1966, John Lennon deu uma entrevista ao Evening Standard, na qual sua frase foi retirada de contexto, quando afirmaria que “os Beatles são maiores que Jesus Cristo”. Tal declaração provocou vários protestos pelo mundo, com muitas pessoas destruindo os álbuns da banda. Lennon, em entrevista coletiva que consta no documentário Anthology esclareceu que a frase completa era: “não sei o que há de errado com a Igreja, mas no momento os Beatles são maiores que Jesus Cristo, creio que as músicas gospel deveriam ser mais executadas no rádio”. Nesta mesma época, os Beatles retornaram ao Shea Stadium. Com tamanha repercussão negativa, o show reuniu “apenas” 50 mil pessoas, ficando cerca de 15 mil assentos vagos. A imprensa dizia que a banda estava em decadência. Single Em 10 de junho, cerca de dois meses antes do lançamento de Revolver, é lançado na Inglaterra o single Paperback writer, chegando ao número 1 em vários países. Foi o primeiro single da banda que não falava de amor. A letra narrava a história de um romancista que queria seu livro publicado por um editor. O lado b do single era Rain. As duas músicas possuem vídeos promocionais, que foram os primórdios dos videoclipes. Assista o videoclipe de Paperback writer:

 

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