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Estudo de pedra do espaço comprova expansão do Universo; confira

Depois de 26 anos, especialistas encontram compatibilidade para os componentes da pedra do espaço Hypatia; veja mais detalhes sobre sua origem


20/05/2022 16:54 - atualizado 20/05/2022 17:03

Pedra no espaço apresenta compatibilidade com supernova - Freepik
Pedra no espaço apresenta compatibilidade com supernova. (foto: Freepik)
Depois de 26 anos de investigação, um relatório publicado pela Universidade de Joanesburgo na última terça-feira (17/05) indicou uma comparação satisfatória para a possível origem da pedra do espaço Hypatia, encontrada em 1996. Os especialistas responsáveis pelo caso determinaram que o material responsável por compor o elemento não pertence ao nosso sistema solar, mostrando que o Universo é maior do que se imagina.

A Hypatia foi encontrada no deserto egípcio, e, desde então, vem passando por uma série de estudos que possam determinar a sua origem. No entanto, somente esta semana os especialistas do caso descobriram a compatibilidade dos elementos químicos presentes no objeto.

Com isso, foi constatado que a pedra no espaço se originou de uma explosão de supernova raríssima, classificada como tipo IA, considerada um dos eventos mais energéticos do universo.
 
O grupo de cientistas identificou satisfatoriamente 15 elementos químicos na pedra, dentre eles, altos teores de ferro, enxofre, fósforo, cobre e vanádio, além de baixos níveis de silício, incomum nas rochas terrestres.

Esse padrão indica que a Hypatia é completamente diferente de qualquer coisa no nosso sistema solar. Isso porque objetos no cinturão de asteroides e meteoros também não foram compatíveis, onde os especialistas apostam em origens para além da Via Láctea.

Pedra no espaço é prova concreta de expansão do Universo


Alguns estudos já apontaram o quão grande é o Universo observável, por meio de estimativas desenvolvidas ao longo de anos.

Para os especialistas, se olharmos em qualquer direção, as regiões visíveis mais distantes estão a cerca de 46 bilhões de anos-luz de distância. Isso significa ter um diâmetro de 540 sextilhões de milhas, ou 54 seguido por 22 zeros.

Esse número parece imensurável para os seres humanos, mas o surgimento de provas concretas, como a pedra do espaço Hypatia, comprovam que sua expansão é palpável e está acontecendo há milhões de anos, embora não se tenha certeza sobre o seu tamanho exato.

“Desde o início, a luz percorre o espaço por 13,7 bilhões de anos. Não se tem certeza se o Universo é aberto ou fechado, possivelmente seja infinito”, opina o físico teórico e professor titular da IF-USP, Elcio Abdalla, em entrevista para a Betway Insider.

Além dos cientistas, o assunto também desperta interesse nas pessoas. Segundo levantamento do blog, houve cerca de 2900 buscas mensais sobre o tamanho do Universo nos últimos 12 meses em plataformas de busca e intenção do usuário, como Google Trends e SEMRush, por exemplo. No entanto, mesmo especialistas ainda não conseguem responder essa pergunta.

Como ocorre uma supernova IA


Diversos fatores colaboraram para determinar que a pedra do espaço egípcia pode ter se originado de uma supernova IA.

Dos 15 elementos identificados na Hypatia, oito são encontrados nesses eventos, sendo silício, enxofre, cálcio, titânio, vanádio, cromo, manganês, ferro e níquel. Esses elementos são deixados no universo, chamado de química forense, a partir das explosões, que acontecem em etapas.

Em um primeiro momento, uma estrela gigante vermelha, que está no fim de sua vida, colide com uma estrela anã branca, um tipo altamente denso, compatível com a massa do Sol. No entanto, elas não estão entre os maiores corpos celestes do Universo.

“Estrelas podem ser muito grandes, quanto maior, menos tempo vivem. A maior estrela conhecida parece ser a UY Scuti, perto do centro da via Láctea, sendo 5 bilhões de vezes mais massiva que o Sol, e tendo um raio 1.700 vezes maior”, explica o físico Elcio Abdalla para a equipe jornalística do site de roleta online Betway.

Por esse motivo, as colisões não geram explosões muito poderosas, de modo que não desintegram todos os componentes das estrelas, que, eventualmente, podem gerar pedras no espaço, que caem na Terra na forma de meteoros quando as partículas esfriam.

Componentes da pedra ajudam especialistas a conhecerem mais sobre o universo


Além disso, outros fatores também auxiliam especialistas na hora de determinar as origens da pedra Hypatia, e, consequentemente, saber mais sobre o próprio Universo.

Isso porque somente regiões que possibilitem explosões de calor podem gerar componentes com os elementos químicos identificados.

Por exemplo, o elemento não teria vindo do lugar mais frio do Universo, atualmente a Nebulosa do Bumerangue, que pode atingir temperaturas de até -272 ºC, como apresenta a Betway. Além disso, o professor Abdalla também explica que, no espaço, “há locais com temperaturas baixíssimas, como, por exemplo, planetas distantes, onde a temperatura fica poucos graus acima do zero absoluto”.

Dados assim contribuem para que cientistas descubram, cada vez mais, como funciona o espaço sideral e suas localidades, permitindo, também, que outras pessoas também tenham suas dívidas respondidas, mesmo que pareçam impossíveis de mensurar.


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