Jornal Estado de Minas

Enem

Uberização dos Serviços

Uber, Ifood, Rappi e 99, você possivelmente já deve ter utilizado algum destes serviços por meio do seu celular. As relações de trabalho contemporâneas levantadas por esses aplicativos, ilustra de maneira clara a complexidade da situação laboral mundial. E é aqui que entra um conceito recente, estudado pela sociologia do trabalho, a uberização.




A uberização alia dois processos recentes do mundo moderno: a informalização do trabalho, que se tornou crescente após a crise econômica mundial; e o uso massivo de plataformas digitais. No modelo de trabalho proposto, o empregado vende seu serviço para uma empresa (uber,ifood ou rappi) - que o trata não como um empregado, e sim como um “parceiro” - e a mesma oferta o serviço em um aplicativo. Assim, não há contratação por parte do empregador, mas sim uma prestação de serviços por meio dos App’s. Essa dinâmica busca a chamada economia de compartilhamento, na qual bens e serviços são partilhados a fim de redistribuir e fazer o uso racional de recursos. Porém, de acordo com especialistas, a prática serve apenas como pano de fundo para a situação real 
 
A uberização alia dois processos recentes do mundo moderno: a informalização do trabalho, que se tornou crescente após a crise econômica mundial; e o uso massivo de plataformas digitais. No modelo de trabalho proposto, o empregado vende seu serviço para uma empresa (uber,ifood ou rappi) - que o trata não como um empregado, e sim como um “parceiro” - e a mesma oferta o serviço em um aplicativo. Assim, não há contratação por parte do empregador, mas sim uma prestação de serviços por meio dos App’s. Essa dinâmica busca a chamada economia de compartilhamento, na qual bens e serviços são partilhados a fim de redistribuir e fazer o uso racional de recursos. Porém, de acordo com especialistas, a prática serve apenas como pano de fundo para a situação real 
Professor Jhonathan
A ideia de autonomia, flexibilidade de horário e, principalmente, de retorno financeiro diário são fatores que levam o trabalhador a acreditar na visão de empreendedorismo injetada nesse negócio. Além disso, a situação de desemprego ou de menor ganho econômico dentro das normas da CLT, são contribuintes para a adesão aos aplicativos. Contudo, o cidadão não possuíra 13º salário, férias, descanso semanal, licença maternidade, auxilio doença, abono salarial, dentre outros direitos trabalhistas que vem sendo adquiridos desde o governo Vargas em 1943. Resumindo: se por um lado o trabalho se tornou algo mais flexível e menos burocrático, por outro há a perda de inúmeras garantias ocasionando a precarização laboral. Um reflexo desse cenário se deu em 2019, quando um entregador de aplicativo faleceu após sofrer um AVC durante uma entrega na zona oeste de São Paulo. De acordo com a família a empresa responsável não ofereceu qualquer tipo de assistência frente ao ocorrido 
 
Além da falta de garantias trabalhistas, os trabalhadores de aplicativos são constantemente avaliados pelos usuários. A pressão dessa avaliação vem a exercer um papel penalizador, caso o trabalhador não cumpra a quantidade de atendimentos esperados durante a jornada de trabalho ou tenha qualquer atitude que desagrade o cliente
 
Em países nos quais esses aplicativos já operam há um certo tempo os problemas se tornaram constantes e muitos foram os protestos feitos pelos trabalhadores para reinvindicação de condições e direitos básicos do trabalhador. Os casos mais recentes ocorreram nos Estados Unidos, na cidade de New York, e na Espanha, na cidade de Barcelona. Em março de 2021, o governo espanhol introduziu medidas que reconhecem a presunção de vínculo empregatício para os trabalhadores que prestam serviços para os aplicativos e, em setembro do mesmo ano, a câmara municipal de NY aprovou um pacote de leis visando a garantia de direitos básicos aos trabalhadores de aplicativos de entrega. 
  
Aula ao vivo sobre a Uberização dos Serviços 
 
No dia 08 de outubro às 9:20 (Percurso Educacional e o Prof. Jhonathan) acontece a aula ao vivo e gratuita no canal do Youtube (abaixo): Clique Aqui.
 
Artigo escrito pelo Prof. Jhonathan Magalhães (Percurso Educacional) 
 
 
 
 
 

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