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Estado de Minas Enem

11 de setembro

20 anos do atentado que mudou o mundo


17/09/2021 09:25 - atualizado 17/09/2021 10:02

Às 08h46 (horário local) do dia 11 de setembro de 2001, aquelas torres que já haviam passado por um incêndio em 1975 e pela explosão de um carro-bomba em 1993 padeceriam com o maior ataque terrorista já visto em solo norte-americano. A queda das torres gêmeas representava não só o começo de um complexo século XXI, como também uma mudança na geopolítica norte-americana. Se no século anterior a preocupação estadunidense estava votada para a URSS e seu ideal socialista, agora o inimigo era um agente recém conhecido da inteligência norte-americana, com capacidade de deslocamento entre territórios e tendo como ferramenta de cooptação algo muito mais poderoso que uma bandeira vermelha ou um livro
escrito no século XIX: a religião. A Al-Qaeda, grupo terrorista fundado durante o fim da Guerra Fria, é que havia assumido o ataque ao World Trade Center.
 
Prof. Jhonathan
Prof. Jhonathan
Para entender a queda do símbolo do poder econômico norte-americano, há a necessidade de recuar algumas décadas e olhar para um local geograficamente distante dos EUA, mas que este conhecia muito bem, o oriente médio. O então terrorista Osama Bin Laden já havia escrito fátuas no final da década de 90 que resumiam bem o seu sentimento e também o de seus seguidores quanto aos EUA. Nessas declarações Bin Laden afirma que o povo do Islã sofreu com a ocupação feita por tropas norte-americanas durante as décadas de 70, 80 e 90, e que o modo de vida ocidental (em especial o dos Estados Unidos) ia contra sua leitura religiosa (necessário apontar aqui que o grupo realiza um tipo de leitura radical da religião islâmica, não sendo está a praticada pela maioria dos islâmicos).
  
Já não é segredo que os Estados Unidos, durante a Guerra-Fria, haviam ocupado diversos países daquela região, seja em busca de recursos, como petróleo, ou pela criação e manutenção de alianças contra os soviéticos. A isso, vale destacar duas situações referentes a esse assunto: a primeira foi a invasão de tropas soviéticas ao Afeganistão no ano de 1979, na qual temos a ascensão de Osama Bin Laden e posterior formalização da Al-Qaeda; e a segunda foi a invasão do Iraque ao Kwait em 1990, na qual temos a ida de Bin Laden ao Sudão e o financiamento de alguns grupos extremistas pelo mesmo.
 
No final do século XX, a Al-Qaeda ganha adeptos, treina guerrilheiros e elabora futuros atentados aos EUA, não só em solo norte-americano, como em embaixadas espalhadas pelo mundo. A ideia de se combater o mal vindo do ocidente cria raízes cada vez mais fortes entre os integrantes do grupo terrorista e, numa manhã de terça-feira, isso vem à tona. Quatro foram os aviões sequestrados naquele dia. Além das duas torres, o pentágono também havia sido atingido, e segundo o FBI, o quarto avião, o voo United Airlines 93, teria como destino algum edifício importante de Washington, DC, como a Casa Branca ou o Capitólio, mas os passageiros desse mesmo voo se amotinaram contra os sequestradores e a aeronave acabou caindo em Shanksville, na Pensilvânia, evitando assim um desastre de maiores proporções.
 
Como desdobramento desse ataque, o então presidente George W.Bush, juntamente com o congresso e o senado, cria o Department of Homeland Security, instaura o USA PATRIOCT Act e cria a resolução AUMF (Autorização para uso de força militar). Inicia-se a chamada ‘’Guerra ao Terror’’ da Doutrina Bush. Invasões e ocupações de tropas norte-americanas são realizadas no Afeganistão (2001) e no Iraque (2003) em busca da Al-Qaeda e de grupos acusados de ajuda-la, como é o caso do Talibã e, segundo o governo dos EUA, de lideranças políticas que ameaçassem a liberdade e a paz do ocidente. Osama Bin Laden foi morto em maio de 2011 e, de acordo com o Instituto Watson da Universidade Brown, as duas guerras pós 11 de setembro podem ter custado cerca de oito trilhões de dólares. Só em 31 de agosto desse ano (2021) que
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, retira suas tropas do Afeganistão e, logo após essa decisão, vê-se a consolidação do Talibã no país.
 
Como mostrado, é possível pensar em inúmeros desdobramentos desse atentado que ainda possuem reflexos nos dias de hoje, como: ações militares, desenvolvimento de políticas de segurança internacional, utilização da prisão de Guantánamo, declínio e ascensão de grupos terroristas (Al-Qaeda e Isis, respectivamente), inúmeras mortes e o crescimento da islamofobia. Se antes o século XX havia sido marcado por guerras entre nações (1º e 2º Guerra Mundial e Guerra Fria), o 11 de setembro de 2001 acabou por abrir portas para inimigos mais difíceis de serem encontrados e derrotados: os grupos extremistas, aqueles que sustentam suas ideias com a ajuda do terrorismo.
 
Aula ao vivo sobre os atentados de 11 de setembro
 
No dia 17 de setembro às 9:10 (Percurso Educacional e o Prof. Jhonathan) acontece a aula ao vivo e gratuita no canal do Youtube (abaixo):
 
 
Artigo escrito pelo Prof. Jhonathan Magalhães  (Percurso Educacional) 

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