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Estado de Minas LITERATURA

Hibridismos textuais e culturais

Veja um exemplo no lançamento do disco-livro Etymon


postado em 30/09/2019 14:00 / atualizado em 30/09/2019 15:00

Vivemos na era de culturas híbridas, dos entrecruzamentos de discursos, tendências e estilos. Nesse contexto, surgem conexões entre diferentes manifestações artísticas e culturais que propõem criar zonas de interseção a respeito dos que se produz atualmente. Atentos a isso, exames e provas de vestibular têm mostrado, através de questões, como o hibridismo textual se torna frequente.
Arnaldo Antunes em Galaxias: experimentação e hibridismo com a poesia concreta;(foto: Grima Grimaldi -YouTube)
Arnaldo Antunes em Galaxias: experimentação e hibridismo com a poesia concreta; (foto: Grima Grimaldi -YouTube)

No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já aparecerem diálogos entre texto poético e receita, letra de canção e diário, bem como e medição acerca do repertório do estudante no que se refere às artes visuais, à música e ao teatro, por exemplo. Nesse sentido, conhecimentos em relação a movimentos e discursos artísticos tornam-se extremamente relevantes àqueles que se preparam para esse exame. Ressaltamos que muitos autores brasileiros produziram ou têm produzido trabalhos em que as linguagens artísticas se misturam. Na cena musical, é o caso de Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, Maria Betânia, Paulo César Pinheiro, Tom Jobim, entre outros. Na dança, temos o grupo Corpo, que brinda o público com espetáculos repletos de intertextualidades.        

No caso da poesia e da música, são faces que, confrontadas, refletem traços gêmeos, mas cada uma com aspectos individuais marcados pelas ações da manifestação, expressão e representação que tiveram ao longo das épocas da história. Qualquer poeta realmente preocupado com o seu fazer, trabalha arduamente com a palavra. Trabalha a poesia de maneira comprometida com as explorações das imagens do mundo, do sensório humano. Há ainda aqueles que, além de todo esse trabalho com a palavra, buscam sentir, perceber a sonoridade, o ritmo do verso e aproveitam essas e outras referências musicais para construírem o campo de sua poesia.  

Disco-livro Etymon

Nessa perspectiva, será lançado o disco-livro Etymon do escritor e professor de literatura e redação Marcus Vinicius de Souza. Musicalmente, este trabalho privilegia ritmos brasileiros, como samba e baião, sem perder vínculos com outros de influência principalmente africana, americana e europeia. Em termos poéticos, os textos se inserem na modernidade da poesia brasileira a partir de recortes temáticos acerca da vida humana que visam criar uma interseção com as músicas às quais os textos se vinculam. Desse prosaico, buscou-se extrair paisagens intimistas, políticas e sociais que fazem linhas de fuga em relação às músicas (o sonoro, não verbal). Os textos funcionam autonomamente e, também, como releituras, por meio da linguagem escrita, das peças musicais. Não se busca submeter a poesia à música, mas, sim, explorar nuanças sonoras, sensoriais a fim de criar uma zona de interseção no que se refere às duas manifestações artísticas.     
Exemplo de hibridismos: Etymon de Marcus Vinicius. Lançamento em 18 de outubro em Belo Horizonte.(foto: Divulgação)
Exemplo de hibridismos: Etymon de Marcus Vinicius. Lançamento em 18 de outubro em Belo Horizonte. (foto: Divulgação)

O show de lançamento acontecerá na Biblioteca Luiz de Bessa, dia 18 de outubro, às 20h. O show conta com a direção musical de Jorge Continentino e a produção da Nó de Rosa. Ingressos para o lançamento aqui. Informações do autor no Instagram:  @marcusviniciuslinguagens.
 
Artigo de Linguagens do Percurso Pré-Vestibular e Enem
 
 

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