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Estado de Minas AULAS PRESENCIAIS

É hora da retomada


21/11/2021 04:00 - atualizado 18/11/2021 15:00

sala de aula
Alunos lancham dentro da sala de aula, mantendo distanciamento (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


Um novo momento está chegando. Com a pandemia, a vida de milhares de brasileiros virou de ponta cabeça, o isolamento social, as perdas, as mudanças na rotina, tudo afetou a vida das pessoas, principalmente dos menores.

Conhecidos como espíritos livres e curiosos, jovens e crianças sofreram com o lockdown e o ensino a distância, mas graças ao avanço da vacinação a realidade vem se normalizando.

A funcionária pública Juliana Morandi, que ficou grávida do segundo filho durante a pandemia da COVID-19, foi uma dessas mães que percebeu as consequências que esse período trouxe para o filho mais velho, Henrique, de 4 anos.

“Quase um ano e meio sem aula, começamos a perceber nele alguns comportamentos como roer as unhas, morder a blusa, e foi aí que decidimos buscar um acompanhamento psicológico, para tentar aliviar essa tensão pela qual ele estava passando.”
 
Agora, com a volta das aulas presenciais, a expectativa para o próximo ano é que as salas de aula estejam, novamente, 100% ocupada pelos alunos. “Desde agosto de 2020, quando o ensino presencial foi voltando aos poucos, percebemos um grande desejo de retomada, principalmente a criançada, que necessita do contato, assim como lembro que eu precisava nessa época da minha vida. Claro que no início eles estranham um pouco, mas depois começam a pegar o jeito novamente”, afirma Vanderlei Soela, diretor do colégio Marista Dom Silvério.

A esperança é que em 2022 as coisas voltem com mais naturalidade. A volta dos esportes de contato, eventos escolares para pais e alunos e a produção de atividades em grupo ou em dupla são algumas das providências que as escolas pretendem tomar para a volta às aulas, ainda respeitando os padrões e limites estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com quase dois anos de pandemia, por mais que as mudanças venham acompanhadas de incertezas e medos, pode-se dizer que a expectativa de jovens e crianças está nas alturas com a volta à sala de aula e atividades presenciais.

“Isso foi tudo muito chato. Não poder ver meus amigos, não jogar futebol. Papai me explicava todo dia porque não podíamos mais viver normalmente e eu entendia, mas agora estou muito feliz de acordar cedo para ir para a escola. E olha que eu pensava que nunca ia dizer isso”, relata Gabriela Serrano, de 11 anos, que vai cursar a sétima série em 2022.

MUDANÇAS 


Vanderlei Soela acredita que, por enquanto, algumas mudanças vieram para ficar. “A máscara será para nós como um guarda-chuva em um período de chuva, é um instrumento que ainda nos garante proteção”, confirma. Além disso, as escolas de Belo Horizonte se preparam para seguir estritamente os protocolos de saúde estipulados pela prefeitura. Uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social ainda vão ser obrigatórios nos colégios.

Nem todas as escolas ou salas de aula são equipadas com tecnologia, mas a maioria sim, principalmente agora. Com o isolamento e reclusão social, a tecnologia, sem dúvida, passou a fazer cada vez mais parte do dia a dia das pessoas. Crianças, jovens, adultos, todos precisaram utilizar plataformas on-line para continuar acompanhando os estudos ou o trabalho e isso fará parte do calendário letivo de 2022.

“Outro ponto é a tecnologia, uma vontade é conciliar o ensino remoto (EAD) com o presencial, ou o trabalho presencial com o remoto”, ressalta o diretor, e ele não está sozinho nesse pensamento. Assim como Vanderlei, a diretora pedagógica do Coleguium, Alessandra Dias, também acredita nessas alterações. “Pensamos que o ideal é que a tecnologia seja uma aliada dos estudos e não que comprometa aquele tempo tão precioso para a dedicação ao aprendizado”, afirma.  

ENSINO MÉDIO 


O novo ensino médio trará mudanças promissoras para a educação do Brasil. Alunos que estudam de manhã poderão realizar atividades a distância contemplando até 20% da carga horária total, enquanto os que estudam à noite, essa carga horária pode chegar a 30% da carga horária total do curso. Será possível usufruir das oportunidades de flexibilidade de tempo, espaço e de ritmo no estudo a distância. O objetivo é ampliar o conceito de educação e formação técnica e profissional.

Depois de todas essas mudanças, as escolas precisarão se reinventar para se adaptar a esse cenário que entrará para história. Será uma oportunidade de explorar novas soluções que possibilitem um ensino de melhor qualidade, mais inclusivo e equitativo. As escolas, além de todas as medidas de precaução, precisaram focar em estratégias para resistências criadas durante o lockdown.

“Vai ser uma nova mudança, a mente dos jovens e crianças foi adaptada a um certo tipo de realidade, e agora, vai precisar se adaptar de novo”, ressalta o estudante de psicologia Hugo Davis. Ele, que já atua na sua área, diz ter percebido um aumento da apreensão em seus pacientes em relação à mudança de rotina. “Eles estavam acostumados a se comportar de uma maneira, assistir à aula na cama, tomando café, de pijama e agora vão precisar se readaptar não só com a rotina, mas a convivência com outras pessoas também”, completa.

* Estagiária sob supervisão 
da editora Teresa Caram  



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