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Estado de Minas PRIMEIRO DIA

Enem 2020: Participantes relatam falta de álcool em gel e troca de máscaras

Em meio a pandemia do novo coronavírus e inúmeras campanhas para adiar as provas, inscritos relatam como foi o primeiro dia do exame


17/01/2021 17:01 - atualizado 17/01/2021 18:56

Depois de duas horas de prova, está autorizada a saída dos candidatos dos locais de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)(foto: Túlio Santos/EM/D.A PRESS)
Depois de duas horas de prova, está autorizada a saída dos candidatos dos locais de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) (foto: Túlio Santos/EM/D.A PRESS)
Em meio ao agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil e de inúmeras campanhas para o adiamento das provas do Enem 2020, participantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Belo Horizonte relataram como foi o primeiro dia do exame aplicado neste domingo (17/01). 

 

Fernanda Veloso, 20 anos, realizou a prova na Uni-Horizontes do Barro Preto. Ela conta que apesar das medidas de proteção contra COVID-19 serem adotadas pelos aplicadores da prova, em momento algum foi oferecido álcool em gel e foi exigido que os inscritos trocassem de máscaras. 

 

"Com relação ao distânciamento social foi normal. Eu senti que os estudantes respeitavam bastante. Eles tinham álcool em gel, mas não foi oferecido para a gente. Outra coisa que eu notei é que a regra era trocar de máscaras, mas isso não aconteceu e também não foi pedido. Os ventiladores ficaram ligados e tinha mais ou menos 15 pessoas na minha sala", relatou.

Felipe da Silva, de 18, fez o exame pela primeira vez, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), no Bairro Dom Cabral. Ele conta que os protocolos contra a COVID-19 estavam sendo seguidos pelos presentes.

Eliminado pelo celular

“Foi a primeira vez que eu fiz a prova. Meu celular infelizmente tocou e eu fui eliminado. Os protocolos estavam sendo seguidos corretamente. As pessoas estavam usando máscara e álcool em gel. Tinha mais ou menos umas 30 pessoas dentro da sala”, disse.

 

 

Mesmo em meio a alta nos números de casos de coronavírus, 5,4 milhões de inscritos foram confirmados. Esse total não conta os participantes do Amazonas (160 mil). O estado vive um colapso no sistema de saúde, que enfrenta hospitais lotados e falta de oxigênio. 

 

Os participantes tiveram 5h30 para escrever a redação e responder a 90 questões de múltipla escolha. São 45 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e 45 de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

 

Enem 2020: Guia completo com dicas, regras e horários

 

 

No próximo domingo (24/01), serão cinco horas para responder a mais 90 questões de múltipla escolha. São 45 de Matemática e suas Tecnologias e 45 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
 

#AdiaEnem

A aplicação do Enem tem sido alvo de disputas judiciais e campanhas estudantis. A prova, que estava prevista originalmente para novembro de 2020, foi adiada para janeiro deste ano mesmo depois da enquete com participantes indicar o mês de maio de 2021 como a opção mais votada.

 

De acordo com o Ministério da Educação, a prova em maio atrasaria o cronograma de outros programas de ingresso no ensino superior.

 

Tema da redação do Enem 2020

O tema da redação O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira- pegou muita gente de surpresa.

 

Para Janiny Nominato, professora e coordenadora da área de redação do Chromos, o tema da redação relacionado à saúde é esperado devido ao ano de pandemia que estamos vivendo. “É muito interessante a gente pensar nesse tema voltado para a saúde mental, uma vez que um dos efeitos da pandemia foi justamente acarretar a população mundial de um vasto espectro de doenças mentais”, explica.

“Nesse sentido, nos termos de atualidade, o enem manteve a sua palavra em cobrar um tema que provoca discussão social, nesse caso é esperado para o eixo”, disse.

 

Em relação às habilidades que os participantes precisam para desenvolver um bom texto, Janiny explica que existem diversas formas de desenvolver uma discussão sobre o tema. “Os alunos precisam dar conta de abordar o problema. O estigma, que é o preconceito, a dificuldade de discutir e tratar doenças mentais como um tabu é uma grande questão problemática hoje na sociedade, seja na área trabalhista, estudantil, cotidiano das pessoas de algo com a família. Então nesse sentido é algo muito importante também a se falar”, comenta. 

 

Segundo o Inep, as redações do Enem são avaliadas de acordo com cinco competências. A nota pode chegar a 1.000 pontos, mas há critérios que conferem nota zero, como fuga ao tema, extensão total de até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema proposto, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito ao exame.

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves


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