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Estado de Minas preparação

Foco no Enem


25/10/2020 04:00

Aluna do pré-vestibular do Elite Rede de Ensino, Larissa Simões se prepara para tentar medicina(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Aluna do pré-vestibular do Elite Rede de Ensino, Larissa Simões se prepara para tentar medicina (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Por consequência da pandemia, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que geralmente ocorre em novembro, foi adiado para janeiro de 2021. Para alguns, motivo de alívio, para outros nem tanto. A determinação pelo ensino remoto nas escolas e cursinhos do país impôs aos alunos – na mesma medida em que gera autonomia – o desafio de manter a disciplina, o autocontrole e continuar com a rotina de estudos organizada. Preservar o equilíbrio emocional, como em situações normais, é outro ponto potencializado nesse período em particular.
 
Isabella Souza Assunção, de 19 anos, concluiu o ensino médio em 2018. Ela tem a intenção de se graduar em medicina e foi reprovada no vestibular duas vezes. Já prestou o Enem como treineira e agora se prepara para uma nova investida. Para a jovem, as aulas remotas vêm sendo satisfatórias, ainda que o primeiro momento tivesse sido mais difícil.
 
Para o diretor do Elite Savassi, Judson Bernardino, o ponto principal entre os estudantes é manter a disciplina e a agenda de estudos(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Para o diretor do Elite Savassi, Judson Bernardino, o ponto principal entre os estudantes é manter a disciplina e a agenda de estudos (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
 
"Nunca gostei de aulas por vídeo, mas foi tudo muito bem organizado e não deixou nada a desejar em comparação com o ensino presencial. Sinto mais falta é do convívio com os colegas e professores. Outra mudança foi que minha casa, geralmente um lugar que eu tinha para descanso e lazer, agora virou um ambiente de estudo. Por não estar habituada, algumas vezes perco o foco", pondera.
 
Larissa Simões, de 21, também intenciona seguir a carreira médica. Já esteve na faculdade, desistiu, e segue na luta pela vaga no ensino superior – está no quinto ano de tentativa no vestibular. Para ela, que diz ter encarado 2020 com a esperança de alcançar esse objetivo, a pandemia foi um baque. "Fiquei com medo, ansiosa, tive receio de ficar defasada nos estudos. Estava com a rotina estabelecida e me vi totalmente perdida. No início foi conturbado, não sabia se ia conseguir manter a disciplina e se as aulas teriam a mesma qualidade." Aos poucos, foi se acostumando.
 
Diretora de ensino do Determinante e coordenadora pedagógica do Percurso, Camila Ferreira diz que o maior desafio para os professores é ofertar a mesma aula que ministraria com o contato presencial(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Diretora de ensino do Determinante e coordenadora pedagógica do Percurso, Camila Ferreira diz que o maior desafio para os professores é ofertar a mesma aula que ministraria com o contato presencial (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
 
Todo dia, ao acordar, estabelece metas, segue com rigidez os horários de estudo, se sente produtiva e tem à mão, pelo cursinho, acompanhamento pedagógico e psicológico. Para ela, a internet acabou sendo uma poderosa ferramenta para fortalecer a preparação para o exame. "Tem sido um ano de incertezas. Tentei pensar sempre nos meus objetivos, mirando o hoje, em fazer o meu melhor no Enem, me preparar para o fácil ou o difícil. Estar disposta para o que vier", diz.

TEMPO REAL No Elite, com as atividades interrompidas em março, a migração para o ensino virtual foi imediata. No ambiente on-line, os professores seguiram com as aulas em tempo real, com o mesmo cronograma, a mesma grade de horários e a mesma duração de cada aula. Análise de simulados, monitorias via aplicativos, estabelecimentos de metas de aprendizado, resolução de dúvidas, dia a dia de estudo – tudo continuou.
 
Para o diretor do Elite Savassi e professor de geografia do Elite Rede de Ensino, Judson Bernardino, o ponto principal entre os estudantes é manter a disciplina e a agenda de estudos, principalmente com a autonomia que o modo remoto sugere. "O aluno é quem sabe a hora em que precisa se levantar, ligar o computador, acompanhar a aula, fazer os exercícios. O compromisso é com ele mesmo e parte dele mesmo", avalia. 
 
No que concerne aos professores, Judson diz que, entre os mais velhos, o detalhe é a forma de aprender a lidar com a tecnologia. Para os mais novos, uma dificuldade pode partir da ausência de interação direta. "Quando o aluno não está presente, apenas aparece pelas telas, o professor não consegue saber com certeza se o aluno está ou não entendendo o conteúdo. A linguagem corporal diz muito. Dá sinais de que pode estar com dificuldade, e o professor entende bem esses sinais."
 
Com a pandemia, Determinante e Percurso respeitaram a mesma dinâmica do que era feito com o ensino presencial. A equipe tem oferecido aulas ao vivo, monitorias e atendimentos pedagógicos pelas plataformas digitais, incluindo grupos de WhatsApp personalizados para acompanhamento direto de cada aluno. Diretora de ensino do Determinante e coordenadora pedagógica do Percurso, Camila Ferreira diz que o maior desafio para os professores é ofertar a mesma aula que ministraria com o contato presencial, sabendo que existe um trabalho a cumprir. Para o aluno, continua Camila, a lição é sobre receber o ensino no espaço doméstico, onde estão agrupadas muitas pessoas
desempenhando diferentes atividades. "Manter-se concentrado em um espaço que não é convidativo ao estudo pode ser, para alguns, uma dificuldade. Importante é continuar ativo. E não se perder no meio do caminho ou ficar descrente. O desânimo e o cansaço são naturais. Não é porque mudaram as condições de estudo que o aluno precisa pensar que não tem chance mais. São questões normais, de antes da pandemia, mas que agora estão intensificadas.”


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