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Estado de Minas

Ex-jogador de futebol Elder Henrique mantém elo com o esporte por meio da tatuagem


02/09/2020 18:19 - atualizado 04/02/2021 11:32

Após deixar a carreira de jogador profissional por causa de uma lesão, o artista mineiro se destaca hoje como tatuador, sendo responsável por tatuar alguns dos grandes atletas brasileiros





O ex-jogador de futebol Elder Henrique de Moraes Pereira/Divulgação
O ex-jogador de futebol Elder Henrique de Moraes Pereira/Divulgação




O ex-jogador de futebol Elder Henrique de Moraes Pereira,
de 36 anos, sempre sonhou em ganhar o mundo a partir de seu talento com a bola
nos pés. Sua carreira se tornou realidade, mas uma lesão o tirou dos gramados e
o levou para arte, onde ele se encontrou como artista e tatuador, sendo hoje
procurado por grandes nomes do esporte.





Em 2000, com apenas 17 anos, Elder, que é natural de Varginha
(MG), buscava uma oportunidade no futebol, quando foi aprovado em um teste
promovido pelo Santos. No clube teve a oportunidade de ingressar na equipe Sub
17 e treinar ao lado de grandes atletas, como Robinho e Diego. Em 2001 se mudou
para Águas de Lindóia, no interior de São Paulo, onde se profissionalizou e
disputou a série A3 do Campeonato Paulista





"Defendi o time de Águas de Lindóia até o final de 2001,
quando tive uma lesão no tornozelo e fiquei longe dos campos. Nesse período eu
voltei para Varginha. Quando me recuperei joguei em um time de futebol amador da
minha cidade e, em seguida, defendi o Caldense, o time de Poços de Caldas que
disputava o Campeonato Mineiro", contou o ex-jogador.





Algum tempo depois a lesão voltou a incomodar, o que o fez
pensar em deixar a carreira de jogador. Foi nesse período que Elder começou a
olhar com mais atenção para o universo das artes. Ele já gostava de desenhar e,
ao ver alguns artistas de rua, sua vontade de participar desse processo
criativo aflorou de vez.





"Comecei a dedicar mais tempo para o desenho e aprendi a
técnica da spraygrafia. Fiz alguns quadros, as pessoas começaram a comprar e
isso me motivou. Foi aí que tive a certeza de que eu poderia viver de desenho e
pintura", destacou Elder, que anos depois começou a personalizar motos e
capacetes com sua arte também.





O ex-jogador de futebol Elder Henrique de Moraes Pereira/Divulgação
O ex-jogador de futebol Elder Henrique de Moraes Pereira/Divulgação




Em 2012 a tatuagem entrou na sua vida a partir da indicação
de alguns amigos. "Eles me diziam que eu me sairia bem como tatuador.
Inicialmente, eu achava que não era a minha praia, mas depois passei a ver com
outros olhos, fiz um curso em São Paulo e me encantei pela arte da tatuagem",
pontuou.





Ao ingressar nesse mercado, o ex-jogador prometeu para si
mesmo que faria a diferença nesse segmento, que não seria só mais um tatuador e
que lutaria para isso. Em 2015, já consolidado na carreira, conseguiu abrir seu
estúdio, um espaço diferenciado que hoje recebe clientes de várias regiões do
Brasil. No ano anterior ingressou no curso superior de Arquitetura, que foi
concluído em 2019.





"Eu sempre quis ter um título, uma formação de nível
superior e estudei muito para isso. Paralelamente fui buscar o reconhecimento
como tatuador. Eu me dediquei ao máximo para que o meu trabalho pudesse
proporcionar a realização de sonhos que eu pensava em realizar por meio futebol.
Um deles era conhecer a Europa, levar o meu talento para fora do Brasil",
relatou o artista.





No ano passado, o tatuador passou três meses na Europa
trabalhando em um estúdio de tatuagem em Paris, na França. Também conseguiu
realizar o sonho de conhecer o jogador Neymar, seu ídolo no futebol. "Passei um
dia acompanhando o treino do Paris Saint-Germain e foi uma experiência incrível
estar ao lado daquelas estrelas. Não pude tatuar nenhum deles, mas tive a
chance de apresentar meu trabalho e foi muito gratificante".





De volta ao Brasil, após participar também de uma convenção
de tatuagem em Londres, Elder foi convidado pelo jogador da seleção brasileira
de basquete e campeão da NBA Leandrinho para ir até a sua cidade tatuá-lo. "Temos
um amigo em comum e foi por ele que o Leandrinho conheceu minha arte e fez o
convite. Por meio da tatuagem estou voltando as minhas origens do esporte.
Percebi que, sendo tatuador, eu poderia estar novamente inserido nesse meio. Quero
manter esse elo com o esporte, levando meu trabalho para essas estrelas",
concluiu o ex-atleta e hoje artista.





Seu trabalho pode ser conferido em sua página no Instagram
(@elderhpereira), onde reúne mais de 160 mil seguidores, e também pelo site
www.elderarts.com.br.

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