Apesar de os dados oficiais indicarem o contrário, revelando que o país entrou em recessão técnica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar, nesta sexta-feira (3/12), que a “economia voltou em V” e garantiu que haverá aumento do produto interno bruto (PIB) em 2022.
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“Estamos praticamente de pé. Agora, as pessoas estão rolando a desgraça para o ano que vem. Na verdade, eu não sou um ufanista, não estou dizendo que o Brasil é o melhor país do mundo, estou apenas combatendo narrativas falsas de quem quer destruir a dinâmica de crescimento. É um processo lento, gradual”, afirmou, no Encontro Anual da Indústria Química.
Guedes ainda afirmou que está "defendendo a possibilidade de o Brasil crescer no ano que vem". Para o ministro da Economia, o recuo de 0,1% PIB no terceiro trimestre de 2021 está relacionada à queda de 8% na agropecuária, afetada por problemas climáticos.
“Isso se dissipa em quatro meses. É igual (o desastre de) Brumadinho”, argumentou. “Sai um PIB negativo, quando você vai olhar, a agricultura desabou 8% por causa de mau tempo, um acaso.
Os críticos de sempre aparecem e dizem que acabou o crescimento. Senhores, a recuperação em V já aconteceu, acabou. O PIB já voltou. Esquece, não tem mais V”, afirmou.
Desoneração da folha de pagamento
O ministro ainda comentou o pedido de 17 setores para manter a desoneração da folha de pagamento. “Todos sabem que eu gostaria de desonerar a folha de todos os segmentos, e não só desses 17 setores, mas isso seria um outro capítulo da reforma tributária”, disse.
Juros e inflação
O ministro da Economia admitiu, no entanto, que a escalada dos juros para combater a inflação vai desacelerar crescimento econômico em 2022.
Porém, afirmou que o governo confia na retomada dos investimentos. “A subida de juros desacelera o crescimento, mas a taxa de investimento é sinal de crescimento à frente. Eu não estou tentando prever quanto será o crescimento, mas quero colocar um ceticismo sobre essas previsões de queda do PIB ou crescimento zero.”