O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de fevereiro apresentou um aumento de 0,51% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O índice foi o sexto maior resultado mensal entre as onze áreas pesquisadas – ficando atrás apenas de Fortaleza (0,95%), Curitiba (0,71%), Salvador (0,67%), Belém (0,64%) e Brasília (0,62%).
No país, a variação mensal foi de 0,48%. Já as variações acumuladas em doze meses foram de 5,25% na RMBH, terceiro maior resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, e de 4,57% no Brasil.
Na capital mineira e região metropolitana, seis grupos apresentaram variações positivas: Educação (3,35%), Artigos de residência (1,49%), Transportes (1,28%), Vestuário (0,91%), Saúde e cuidados pessoais (0,63%) e Despesas pessoais (0,26%). Já três grupos apresentaram deflação: Habitação (-0,80%), Alimentação e bebidas (-0,08%) e Comunicação (-0,02%).
Combustíveis e educação
A alta de 1,28% no grupo de Transportes impactou o índice geral de janeiro em 0,24 pontos percentuais. O resultado foi influenciado principalmente pelo aumento no preço da gasolina, em 3,00%, provocando o maior impacto individual positivo no índice de fevereiro. O óleo diesel teve aumento de 1,13%. Ainda dentro do grupo, podemos destacar os aumentos dos automóveis novos (1,95%), conserto de automóvel (1,43%) e dos automóveis usados (0,66%).
Em Educação (3,35%), o aumento dos cursos regulares foi de 4,46%. Além dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, houve a retirada de descontos praticados por algumas instituições de ensino ao longo de 2020, no contexto da pandemia de COVID-19, com destaque para o ensino fundamental (7,30%), o ensino médio (6,74%), a pré-escola (4,64%), a creche (3,89%) e o ensino superior (3,21%).
No grupo Artigos de residência (1,49%), os mobiliários tiveram aumento de 2,51%, enquanto os eletroeletrônicos apresentaram 0,98%.
Habitação e alimentação
Já o grupo de Habitação teve deflação de -0,80%. O resultado se deve à queda nas tarifas de energia elétrica em 3,86%. No período de referência do IPCA-15, estava em vigor a bandeira amarela. Já no período base, tanto a bandeira amarela (na primeira quinzena de janeiro) quanto a vermelha patamar 2 (na segunda quinzena de dezembro) estavam valendo. Ainda neste grupo, são destaque os aumentos do gás de botijão (4,21%) e do aluguel residencial (0,45%).
Em Alimentação e Bebidas (-0,08%), a queda foi provocada principalmente pela carne de porco (-5,90%) e o leite longa vida (-2,12%). A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,11%. A refeição aumentou em 0,53%, enquanto o lanche caiu 1,05%. Ainda dentro do grupo, podemos destacar os aumentos da cebola, em 20,93%, e da banana-prata, em 5,49%.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.