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Estado de Minas HIGIENE

Produtos para cuidados com corpo sem crise na pandemia

Associação do setor registra alta de mais de 160% em 2020 no mercado de beleza e higiene pessoal


01/02/2021 15:06 - atualizado 02/02/2021 07:32

(foto: Pixabay)

Em tempos de pandemia, a solucão para os cuidados de beleza para a pele e o corpo, encontrada por brasileiros e brasileiras foi consumir em casa, produtos para banho relaxante, hidratação da pele, máscara facial.

Segundo dados Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, ABIHPEC, o isolamento social provocou alta de 5,8% no faturamento do setor de cosméticos – tecnicamente conhecido como Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), no acumulado de janeiro a setembro de 2020, comparado com o mesmo período do ano anterior. 

Produtos para cuidados com a pele do corpo registraram alta de 161,7% nos primeiros 10 meses do ano passado, quando comparados com 2019. Para a ABIHPEC, o aumento é consequência do comportamento dos brasileiros de utilização do banho como um momento de relaxamento. Já as máscaras de tratamento faciais tiveram uma alta acumulada de 101,4%. 
 
O levantamento da associação indicou que as medidas restritivas de aglomeração, contribuíram para maior frequência dos hábitos de higiene . A tendência é confirmada pela jornalista Emannuela Gaspar, 44 anos, que diz ter triplicado seus gastos com cosméticos. Ela conta que comprou três tipos diferentes de hidratantes para a pele na pandemia e ainda ganhou mais um de presente. 
 
Gaspar conta que o tempo que fica em casa, pôde observar mais detalhes que gostaria de realçar ou mudar em sua estética corporal. "Nunca investi tanto no meu corpo, mudando de hábitos e comprando coisas que antes nem reparava. Isso sai mais em conta do que a necessidade de um cirurgião", brinca. 
 
Emmanuela triplicou seus gastos com produtos de beleza
Emmanuela triplicou seus gastos com produtos de beleza (foto: Jair Amara/EM-D.A. Press)
A jornalista diz ter notado grandes variações de preços nos locais habituais onde faz as compras. "Gasto muito com produtos para o cabelo, mas achei os tratamentos estéticos, como creme para corpo e até maquiagem, estavam com valores irrisórios". Ao ficar em casa, alega ter mais tempo de pesquisar no mercado on-line. "Mesmo não tendo o hábito de compras virtuais, pude descobrir locais e produtos que não conhecia."
 
Além dos hidratantes, Emanuelle também incluiu uma argila para fazer máscaras no rosto e reforçou os cuidados com os cabelos, um investimento de quase R$ 300,00 em cinco produtos distintos.
 
A cabeleireira Irani Filgueiras, que atua no setor há 15 anos, tinha recém-inaugurado salão próprio, na região da Savassi,  quando foi pega de surpresa pela pandemia. "Tivemos que fechar as portas temporariamente, mas felizmente a clientela conquistada durante anos de experiência, foi o que nos salvou". Com atendimento domiciliar e através de agendamento, a fidelidade ajudou no pagamento das despesas com aluguel, condomínio, taxas e impostos. Hoje conta com uma sócia e emprega nove profissionais entre cabeleireiras, manicures e depiladoras. "É um setor que não para", reconhece. Ela diz que redobrou os cuidados com higiene e é rigorosa nas medidas sanitárias.
 
Uma das maiores empresas do setor com venda multinível, a Akmos registrou crescimento de 92% no faturamento em 2020, lançou 12 produtos e inaugurou 17 franquias, e tem projeções otimistas para 2021. Segundo William Miranda, CEO da empresa, a estimativa é vender 40% mais este ano, ampliando a rede de franquias e empreendedores.
 
A Beauty Fair, empresa que atua no desenvolvimento do varejo, indústria e salões de beleza do Brasil, realizou uma pesquisa online com sua base de visitantes cabeleireiros da região metropolitana de São Paulo, maior mercado consumidor do setor, para identificar quais foram as consequências do fechamento dos salões em suas carreiras.

Foram analisados itens como: o perfil dos profissionais, a forma de trabalho antes, durante e após a quarentena, os impactos da pandemia no atendimento e na renda dos trabalhadores, a interação com marcas profissionais no ambiente digital, como estão os parâmetros atuais de serviços e aquisição de produtos e a situação do novo normal nos salões com as medidas de segurança obrigatórias.
 
O levantamento apontou que 84% dos cabeleireiros solicitaram o auxílio emergencial, mas que apenas 39% tiveram acesso ao benefício de R$ 600. Ainda, 11% responderam que os salões onde trabalhavam fecharam em definitivo e 47% afirmaram que se sentem seguros para realizar os atendimentos seguindo os protocolos exigidos para o segmento.
 
“Este levantamento traz resultados importantes sobre os impactos da pandemia para os cabeleireiros. Com a suspensão das atividades por mais de três meses, vimos que muitos negócios infelizmente não resistiram a esta crise e que milhares de profissionais precisaram se reinventar com urgência. Esta é a hora de nos unirmos e nos apoiarmos no caminho da recuperação”, diz Cesar Tsukuda, diretor-geral da Beauty Fair.
 
“O setor de serviços representa 70% do PIB e foi um dos que mais sofreu com as medidas de isolamento social. Os salões de beleza são motores desse setor, por isso é tão significativo entender como estes profissionais lidaram com o confinamento e como estão retomando suas atividades. O desempenho da economia também será afetado pela resiliência e criatividade deles”, completa Joana Belo, sócia-diretora da Radar Pesquisas.


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