De acordo com o Departamento de Pesquisa, os dados foram coletados a partir dos preços de 13 produtos, que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade. O estudo usou a metodologia do DIEESE, adotada nacionalmente.
No acumulado deste ano, de abril a dezembro, o salto foi de 26,15%. Na prática, um trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 114 horas e 02 minutos por mês para adquirir essa cesta na cidade de Três Pontas.
“A pesquisa demonstrou que neste mês de dezembro o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Três Pontas é de R$541,69. Esse valor corresponde a 56,34% do salário mínimo líquido”, diz pesquisa.
Segundo o Departamento de Pesquisa, entre os meses de novembro e dezembro de 2020, nove dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Três Pontas tiveram alta dos preços médios. “São eles: manteiga, banana, carne bovina, batata, leite integral, farinha de trigo, feijão carioquinha, café em pó e arroz”, explica.
Essa última pesquisa mostrou uma grande volatilidade nos preços do leite integral e da manteiga, em razão do aumento da cotação do leite no campo. Por outro lado, mais uma vez os preços médios do pão francês se mantiveram inalterados. E três produtos tiveram queda em seus preços médios: tomate, óleo de soja e açúcar refinado.
“No relatório anterior foi apontada a possibilidade de diminuição do preço do tomate, o que se confirmou neste mês, mas a batata continuou em elevação juntamente com a banana. Espera-se que estes produtos tenham quedas no curto prazo em função da chegada de novas safras”, ressalta.
O arroz e óleo de soja se mantêm em alta e sem previsão de queda. “Tais comportamentos ocorrem em função da desvalorização da taxa de câmbio, do aumento das exportações e da alta demanda interna”, diz.
Os consumidores e comerciantes precisam se adaptar para não sofre tanto impacto. Clotilde Ferreira trabalha com distribuição de marmitas e tem que buscar alternativas para não ficar no prejuízo. “O preço da minha marmita eu não pude alterar, mas a lata foi grande. No começo do ano, o preço do óleo era menos de R$ 2 e hoje está mais de R$ 8. O arroz dobrou o preço e a carne nem se fala”, explica a comerciante, que faz cerca de 350 marmitas por dia e o consumo dos alimentos da cesta básica é alto.
“Preciso me adaptar. Se óleo está caro, preciso fazer mais alimentos cozidos. E sempre busco promoções”, completa.