Aportes de recursos, realizados por investidores-anjo, permitiram que a operadora virtual expandisse sua atuação para São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná e agora Minas. A empresa começou a atuar em março deste ano e vem intensificando a aquisição de assinantes desde julho, quando os usuários da operadora móvel se multiplicaram em apenas algumas semanas. Para 2021, a operadora prevê novas expansões.
Entre os diferenciais que chamam a atenção do cliente está a flexibilidade dos planos e a transparência na relação entre operadora e assinante. Marcos Antônio Oliveira Jr., CEO e um dos fundadores da Fluke, afirma que o propósito da companhia é ser uma alternativa às operadoras tradicionais, com um serviço que respeite o hábito do consumidor e não o obrigue a contratar planos engessados.
“Não há letras miúdas na nossa comunicação ou no contrato e o assinante consegue compor o seu plano conforme o seu perfil de consumo, adaptando sem qualquer complexidade ou burocracia. Se ele contratou 2 GB e usou apenas 1 GB, terá outro a seu dispor, sem prazo de validade. Aqui o cliente paga pelo que de fato ele consome”, explica Marcos.
Facilidades
O sinal da operadora cobre todo território nacional com uma rede 3G e 4G sem limitação de velocidade. Além disso, o consumidor tem acesso a planos semanais ou mensais e ainda pode fazer compras adicionais a qualquer momento. Também é possível renovar o pacote automaticamente toda semana ou mês.
Pelo aplicativo, o assinante pode solicitar o chip SIM, que será entregue na casa do cliente. Dentro do aplicativo, há a opção de escolher ou trocar de plano, alterar os dados pessoais, solicitar a portabilidade, acompanhar o consumo em tempo real, contratar acesso à internet, minutos de ligações e SMS, além de solicitar ajuda pelo chat ou diretamente pelo telefone.
A ideia é oferecer ao consumidor a possibilidade de resolver de forma simples e direta eventuais dúvidas, pendências e questões relacionadas com a conta. Assim, o assinante não precisa mais se submeter a longas esperas na linha do telefone e nem ser obrigado a lidar com um atendimento de call center terceirizado.
Mercado em expansão
O mercado de operadoras virtuais tem um potencial enorme, se considerarmos que 90 milhões de brasileiros trocam de operadora por ano e que as empresas tradicionais representam 40% das reclamações no Procon – 70% destes 40% são de cobranças indevidas.
Há espaço para elas crescerem no Brasil. Na Espanha, por exemplo, 30% do mercado é ocupado pelas operadoras virtuais. Na Alemanha elas respondem por 27%, na Holanda ocupam a faixa de 40%, já nos Estados Unidos e Austrália representam 11% do mercado. É, portanto, um negócio relevante nestes países.
Por aqui, as digitais ocupam apenas 0,5% do mercado. A tendência, porém, é que os dois tipos de empresas coexistam: as tradicionais oferecendo a infraestrutura e as digitais fazendo o atendimento ao cliente.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.