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Estado de Minas ECONOMIA

'Uma irresponsabilidade': Paulo Guedes critica ideia de furar o teto de gastos para ganhar eleição

O ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, não teria poupado críticas ao titular da Economia, em um call fechado da Ativa Investimentos


02/10/2020 20:31 - atualizado 02/10/2020 21:22

Paulo Guedes respondeu apenas que essa deve ser uma opinião do outro ministro(foto: AFP / Sergio Lima)
Paulo Guedes respondeu apenas que essa deve ser uma opinião do outro ministro (foto: AFP / Sergio Lima)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez duras críticas à ideia de o Governo Federal aumentar os gastos públicos com o objetivo de inflar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (2), Guedes disse que 'furar' o teto de gastos é uma irresponsabilidade. 

 

"Você furar teto (de gastos) para fazer política, para ganhar eleição, isso é irresponsável com as futuras gerações", afirmou.  

 

 

 

Questionado, mais uma vez, sobre a possível fala do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, de que o Renda Brasil sairia "de qualquer jeito", Paulo Guedes respondeu apenas que essa deve ser uma opinião do outro ministro.

"Deve ser a opinião dele. O Marinho é bem informado e deve entender muito mais de política do que eu", disse Guedes em coletiva de imprensa há pouco em frente ao edifício da pasta.

Segundo o Broadcast noticiou mais cedo, o ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, não teria poupado críticas ao titular da Economia, em um call fechado da Ativa Investimentos hoje com alguns agentes do mercado. Segundo fontes que participaram do encontro ele teria dito que o Renda Cidadã sai por bem ou por mal. "A gente está tentando fazer da melhor forma possível. Estamos tentando manter o teto, mas há pressão para flexibilização", teria dito Marinho.

Sem voltar a atacar Marinho, como fez em rápida fala no meio da tarde, Guedes tentou se desvencilhar de polêmicas com colegas do governo e parlamentares. "A economia está voltando, as reformas prosseguem e daí começam essas lutas paralelas. Não estou interessado em briga. Tento me concentrar na parte econômica. Fico 60 dias sem aparecer, recusando convites para dar entrevista", acrescentou.

Guedes voltou a tentar justificar eventuais maus entendidos com o que chama de espontaneidade e negou qualquer tipo de problema com outras autoridades. "Reconheço e elogio o trabalho do Congresso. Não tenho diferença pessoal com ninguém. Nunca ofendi o presidente Rodrigo Maia e tenho zero problema com o ministro Marinho. Sou espontâneo e transparente. Isso explica minha confiança no presidente Bolsonaro e a dele em mim", completou.

Ainda assim, Guedes não deixou de criticar o parlamento. "Tem muita coisa parada no Congresso. Os políticos não deixaram andar a privatização dos Correios, da Eletrobras e do Porto de Santos. Dizem que havia boatos de acordo de Maia com partidos de esquerda para evitar privatizações. Acordos políticos são legítimos. Também soltaram boatos de que nós na economia não tínhamos proposta de reforma tributária, e temos", disse.

Guedes também criticou tentativas dentro do próprio governo de se aumentar gastos, sem citar nominalmente desta vez o ministro Marinho. "Dei um R$ 1 trilhão para a Saúde, mas não vou dar R$ 1 trilhão para alguém que quer ficar famoso de forma rápida. Temos um programa liberal muito claro, que é o caminho da prosperidade. A economia está alinhada com o programa liberal e conservador do presidente Bolsonaro, mas tem sempre alguém querendo puxar para outro caminho, da miséria, que a Venezuela seguiu e a Argentina está seguindo."

 

Com informações de Estadão Conteúdo 


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