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Estado de Minas Alimentação

Coronavírus em frango oferece pouco risco, mas é preciso cuidado, alertam especialistas

Segundo virologista, causador da COVID-19 não resiste a altas temperaturas do cozimento das carnes, mas deve se evitar participação de contaminados na produção da indústria e frigoríficos


13/08/2020 16:13 - atualizado 13/08/2020 17:34

Medidas de prevenção devem ser tomadas da indústria ao consumidor final da cadeia de produção de alimentos de origem animal(foto: Pixabay)
Medidas de prevenção devem ser tomadas da indústria ao consumidor final da cadeia de produção de alimentos de origem animal (foto: Pixabay)
O anúncio de autoridades da China, nesta quinta-feira (13/), de que foi detectado o novo coronavírus em frangos importados do Brasil e camarões procedentes do Equador não deve assustar a população. Segundo especialistas, não há evidências de transmissão da COVID-19 por alimentos, ainda mais depois de cozidos.

As autoridades chinesas informaram que submeteram imediatamente a exames as pessoas que tiveram contato com os produtos que estariam contaminados, assim como seus parentes. Todos os testes apresentaram resultado negativo, segundo o comunicado.

De qualquer forma, é recomendado o máximo cuidado no contato com os alimentos. Seja durante a produção, pelos funcionários dos frigoríficos, seja em casa, pelo consumidor final.

“Temos duas questões aí. Uma é que o vírus não tolera altas temperaturas e também não sobrevive ao PH ácido do estômago. Porém, se partículas viáveis do vírus entrarem em contato com as mucosas nasais, acredito que possa haver risco”, diz a virologista Jordana Coelho dos Reis, da UFMG.

Ela ressalta que um parecer mais minucioso dependeria de saber qual a quantidade de coronavírus foi encontrada nas asas de frango congeladas exportadas do Brasil para a o país asiático. Mas vê que, de qualquer que seja o montante, mostra que o controle de qualidade falhou.

“O ideal é que a indústria testasse seus funcionários semanalmente, mas a gente sabe que isso não ocorre. E que muitos empregados escondem os sintomas por medo de demissão, além de haver assintomáticos”, pondera a médica.

Um alerta das autoridades é que a indústria de carnes já foi responsável por outras epidemias. Não à toa, muitas das doenças são batizadas com nomes referentes a isso, com Gripe Aviária e Gripe Suína, como bem lembra Jordana.

Comércio afetado


A contaminação de frango brasileiro pode provocar uma nova queda das exportações brasileiras para a China.Em fevereiro de 2019, Pequim passou a aplicar por cinco anos tarifas antidumping ao frango brasileiro, que vão de 17,8% a 32,4%.

O Brasil, maior produtor mundial de carne de frango, era até 2017 o principal fornecedor de frango congelado para a China, por um valor que se aproximava de um bilhão de dólares por ano e um volume que representava quase 85% das importações do gigante asiático.

Minas é o quinto estado na produção avícula no Brasil, com participação de 8,3% no rebanho efetivo e cerca de 122 milhões de cabeças. As exportações de carne de frango de janeiro a junho deste ano tiveram incremento de 17,2% em volume, em um total de 51,7 mil toneladas, resultando em receita de US$ 86,5 milhões (cerca R$ 450 milhões). O consumo per capita doméstico é de 43kg.

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:



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