Após um primeiro momento conturbado no início da pandemia de COVID-19, os condomínios de Belo Horizonte veem um cenário mais positivo nos dois últimos meses. A taxa de inadimplência registrou queda, logo após ter alcançado o pico em abril. No mês de junho, a média foi de 10,61%, o que representa 0,79 ponto percentual menor do que o mês anterior.
Os dados são de levantamento da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliários de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG). A entidade realizou o estudo com cerca de dois mil condomínios residenciais e comerciais de Belo Horizonte e região metropolitana.
Em relação ao mesmo período de 2019, o índice médio de junho também é 0,38 ponto percentual menor. De acordo com o vice-presidente da área das Administradoras de Condomínios da CMI/Secovi-MG, Leonardo Mota, o isolamento social pode ter contribuído para a queda da taxa.
“Em muitos casos, o apartamento era apenas um dormitório. Agora, com a permanência maior no imóvel, os condôminos, além do constrangimento de ficar inadimplente, passaram a valorizar ainda mais o espaço”, explica.
“Em muitos casos, o apartamento era apenas um dormitório. Agora, com a permanência maior no imóvel, os condôminos, além do constrangimento de ficar inadimplente, passaram a valorizar ainda mais o espaço”, explica.
Além disso, ele conta que outros fatores contribuíram para a queda da taxa. A redução dos gastos com lazer e entretenimento fora de casa e ainda, a baixa taxa Selic, que impactou diretamente na multa aplicada por atraso do pagamento.
“Ainda podemos citar como motivo para essa curva em declínio o fato de que, em abril, muitas pessoas ainda não estarem recebendo o auxílio do governo. Ao longo dos demais meses, isso foi regularizado, fazendo com que pudessem quitar as dívidas com o condomínio”, disse.
“Ainda podemos citar como motivo para essa curva em declínio o fato de que, em abril, muitas pessoas ainda não estarem recebendo o auxílio do governo. Ao longo dos demais meses, isso foi regularizado, fazendo com que pudessem quitar as dívidas com o condomínio”, disse.
Condomínios comerciais
A realidade já não é a mesma para o caso dos condomínios comerciais. Leonardo Mota revelou que esses têm sido os mais atingidos pela pandemia.
“As despesas condominiais continuam, especialmente em relação à segurança do imóvel. Esses condomínios, sem dúvida, são os mais impactados pela inadimplência, em função da proibição de atividades pelos órgãos municipais”, acrescenta.
“As despesas condominiais continuam, especialmente em relação à segurança do imóvel. Esses condomínios, sem dúvida, são os mais impactados pela inadimplência, em função da proibição de atividades pelos órgãos municipais”, acrescenta.
Flexibilização do comércio em BH
Esse tem sido o pivô de muitas manifestações na capital mineira. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) se posiciona contrário à retomada gradual do comércio agora, em função do aumento dos casos de coronavírus em BH.
Nessa quinta-feira (23), representantes da Prefeitura de Belo Horizonte se reuniram com entidades representantes do comércio para discutir um panorama de retomada.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva disse, em nota, que o cenário não é positivo. “Infelizmente, não temos boa notícia nenhuma para dar. A prefeitura mais uma vez não deu nenhum passo, nenhum pingo de esperança para a previsão de reabertura”, lamenta.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva disse, em nota, que o cenário não é positivo. “Infelizmente, não temos boa notícia nenhuma para dar. A prefeitura mais uma vez não deu nenhum passo, nenhum pingo de esperança para a previsão de reabertura”, lamenta.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina