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Estado de Minas COVID-19

Feira de malhas cai na rede

Tradicional mostra de Jacutinga, no Sul de Minas, terá versão totalmente on-line. Iniciativa é vista como uma porta para entrada no e-commerce


postado em 09/07/2020 04:00

Gabriela Prado, da Oficina das Malhas, afirma que o momento é de readequação para as vendas pela internet (foto: Nívea Dias/Festimalhas/Divulgação)
Gabriela Prado, da Oficina das Malhas, afirma que o momento é de readequação para as vendas pela internet (foto: Nívea Dias/Festimalhas/Divulgação)
Uma plataforma digital foi a solução encontrada para a realização da 43ª FestMalhas de Jacutinga, cidade do Sul de Minas. A partir de amanhã, clientes e fabricantes poderão se inteirar por meio do site do FestMalhas On-line, onde estarão disponíveis os links de centenas de expositores. A inciativa é considerada por comerciantes e fabricantes a porta de entrada para o e-commerce. A feira, que atraiu mais de 180 mil pessoas à cidade no ano passado, gerando negócios em torno de R$ 6 milhões, chegou a ser adiada devido à pandemia da COVID-19. Entretanto os organizadores decidiram aderir à nova modalidade de negócios. Com o tema “Conectado com nosso jeito mineiro”, a Festmalhas será 100% on-line.

“A FestMalhas On-line tem o propósito de funcionar como um canal de venda entre o visitante e os lojistas. Não teremos um site de vendas, mas faremos um guia de negócios conectando o visitante ao lojista. Os expositores terão seus produtos apresentados de forma organizada e de fácil acesso para que os visitantes possam entrar em contato com o lojista e adquirir o seu tricô preferido”, explicou Eliseo Fávaro Júnior, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Jacutinga (Acija).

A Festmalhas é voltada para a cadeia de produção de moda têxtil do país: produtores, lojistas, revendedores e consumidores. Os organizadores viram nesse novo formato uma possibilidade de aumentar o público. “Quem nunca teve a possibilidade de nos visitar presencialmente poderá ter contato com os produtos”, reconhece Eliseo. Trata-se do maior evento econômico do município, atraindo turistas de negócios de várias partes do Brasil.


Readequação do negócio


Gabriela Prado, da Oficina de Malhas, que está no ramo desde 1986, admite ser o momento de readequação: “O consumo on-line cresceu muito com a pandemia. Nossas vendas tinham como carro-chefe as lojas e feiras, além de Jacutinga, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, mas com o coronavírus isso mudou”.  A fabricante diz ter notado também mudanças no perfil de consumo dos clientes, que pesquisam mais antes de comprar, tanto preços e qualidade quanto a trajetória do produto e do produtor no mercado.

“As pessoas nos procuram, compram uma ou duas peças, e a maioria retorna. Um público mais consciente, que não compra por impulso. Já vínhamos percebendo a diminuição de público na cidade e passamos a investir mais no e-commerce. Esse passo do Festmalhas será muito importante.”

O boom das vendas por meios digitais chamou a atenção da produtora de conteúdos Camila Matilde ao perceber o despreparo, principalmente de pequenos produtores, para enfrentar essa “revolução”: “Muitos não estavam preparados para absorver tudo isso. E muito menos para adicionar novo canal de vendas na sua estratégia e planejamento. As pessoas estão comprando mais, procurando por facilidade, e nesse mundo on-line temos muitas marcas, modelos, opções, variedade de preços. Do pequeno ao grande comerciante, fabricante, comprador, todos precisam se estruturar, se planejar. Ao criar uma estratégia, o Festmalhas abriu essa oportunidade”. 

Jacutinga é um município da microrregião de Poços de Caldas, com população, em julho de 2017, segundo a estimativa do IBGE, de 25.453 habitantes. Fica a 478 quilômetros de Belo Horizonte e a 199 da capital paulista.

Receitas digitais


A pandemia do COVID-19 elevou o número de emissões de receitas digitais. Além de evitar as idas frequentes às farmácias, o sistema mudou a vida de todo o ecossistema de saúde, oferecendo segurança e acabando com a história da “letra de médico” e fraudes de prescrições. À população é assegurada proteção dos dados, já que o documento é assinado digitalmente. As receitas digitais são arquivos de texto, com assinatura do profissional e seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), que podem ser enviadas por médicos via SMS ou outras redes. Elas são fornecidas de forma gratuita e contam com validade jurídica garantida desde a publicação da Medida Provisória – MP 2.200, em agosto de 2001. Após o atendimento, o médico preenche a receita em um sistema eletrônico e garante a validade dessa receita por meio de uma assinatura eletrônica certificada.



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