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Estado de Minas ECONOMIA

Guedes: Choque externo não foi forte


postado em 03/07/2020 18:45

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 3, que, por não estar integrado às cadeias globais de produção, o Brasil escapou do grande choque externo sofrido pelas economias integradas com a quebra de fluxo no comércio internacional.

Ao participar de uma cerimônia virtual em que a Funcex, fundação que produz estudos sobre comércio exterior, premiou o economista Marcos Troyjo, que foi secretário especial de assuntos internacionais da equipe de Guedes, o ministro destacou a resiliência das exportações brasileiras, justificada, principalmente, pela demanda chinesa.

Guedes comentou que, embora o coronavírus atinja o mundo inteiro, a incapacidade do Brasil de se integrar às cadeias globais, que sempre foi uma "maldição", acabou tornando-se uma "bênção" neste momento particular da história. Isso porque quando os países integrados interromperam seus fluxos de comércio, o Brasil foi menos atingido.

"Já estávamos fora das cadeias produtivas. Quando eles interromperam compras uns dos outros, nós fomos menos atingidos", observou Guedes. "Estamos sem levar um impacto tremendo do choque do coronavírus que outras economias receberam do ponto de vista do impacto externo ... O impacto externo não foi tão potente porque não estávamos integrados", acrescentou o ministro da Economia, sem ignorar, porém, os estragos causados pelos efeitos da pandemia na demanda doméstica.

As declarações de Guedes foram dadas na sequência de uma explanação do ministro sobre o processo de globalização e a integração de antigas economias socialistas ao capitalismo global.

Guedes diz que, enquanto nações que eram "vítimas do socialismo" no Oriente saíram da miséria, parte dos países europeus e o Brasil ficaram estagnados, sem acompanhar o progresso e as inovações. "O Brasil afundou no tempo, foi perdendo dinâmica de crescimento. As correntes migratórias passaram a se dar para fora do Brasil. O Brasil perdeu o bonde da história", afirmou o ministro, após citar movimentos como a desindustrialização e a manutenção da taxa de juros em patamar elevado por três décadas.


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