A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) registrou a maior queda de preços do país em maio , provocada pelo menor consumo durante a pandemia do novo coronavírus. A inflação do entorno da capital mineira foi negativa em 0,6% no mês, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, os preços já caíram em média 0,07% na região. Mas, nos últimos 12 meses, o cálculo ainda mostra avanço de 1,93% dos custos, o sétimo maior do Brasil. O IPCA calcula a variação média no custo de vida das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos.
Segundo o IBGE, o custo de vida caiu em todas as 16 regiões metropolitanas pesquisadas em maio. Campo Grande e Curitiba ficaram logo atrás de BH, com uma deflação de 0,57%. Enquanto isso, Recife (-0,18%) e São Luiz (-0,22%) tiveram as menores variações negativas.
No Brasil, a queda de preços foi de 0,38% em média, com o índice da RMBH colaborando em 9,69% nesse número. Em 2020, o custo de vida do brasileiro caiu em média 0,16%, mas nos últimos 12 meses subiu 1,88%.
A deflação em maio foi puxada pela queda dos preços no setor de transportes, tanto no Brasil como em BH. O índice nacional registrou queda de 1,9% e o da RMBH de 2,86%. O IBGE aponta a queda dos preços dos combustíveis como principal causa. Os outros grupos de produtos que mais caíram de custo na região da capital mineira foram os de vestuário (-0,56%), habitação (-0,41%) e despesas pessoais (-0,33%).
Por outro lado, os itens de saúde e cuidados pessoais ficaram mais caros no mês, com alta de 0,36%, ao lado de artigos de residência (0,5%), comunicação (0,04%) e alimentos e bebidas (0,02%).
Gasolina mais barata
A queda no preço da gasolina na RMBH, de 6,61%, foi a principal responsável pela deflação calculada na região, contribuindo com 0,34 pontos percentuais. Os outros combustíveis também registraram queda no preço: de 8,74% para o etanol e 7,4% para o diesel.A passagem aérea foi o item que mais perdeu valor em maio, com baixa de 28,14% no preço. Os produtos seguintes da lista foram: banana d'água (-19,19%), laranja-pêra (-18,69%) e cenoura (-15,13%).
Os alimentos também registraram as maiores altas nos preços. O preço da cebola subiu 40,6% na Grande BH em maio. A batata inglesa encareceu em 34,8%, enquanto a manga ficou 29,23% mais cara.
Com variação menor, o custo do feijão carioca subiu 8,66%, seguido por linguiça (5,53%), café moído (4,51%), frango em pedaços (4,38%) e arroz (3,9%). Os custos de computador pessoal e televisor também subiram, a 4,62% e 3,57%, respectivamente.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa