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Estado de Minas

Desburocratizar e inovar: caminhos para vencer crise

Em debate on-line promovido pelo Estado de Minas, convidados do ramo empresarial e da administração pública apontam saídas para a economia em meio à pandemia do coronavírus


postado em 26/05/2020 20:06 / atualizado em 26/05/2020 20:44

Desburocratizar e inovar são as alternativas para superar a crise econômica provocada pelo novo coronavírus, apontaram os participantes da primeira edição do projeto Live Talk – "Inovação e competitividade: caminhos para o crescimento". Em encontro on-line promovido pelo Estado de Minas ontem, representantes do ramo empresarial e da administração pública debateram sobre o momento atual e indicaram possibilidades para o pós-pandemia.

 

Mediada pelo editor de Mídias Convergentes do Portal Uai/Estado de Minas, Benny Cohen, a live contou com os seguintes convidados: o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; o diretor federal da Desburocratização do Ministério da Economia, Geanluca Lorenzon; o sócio da GO Associados, Gesner Oliveira; e o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio de Avelar. O projeto conta com o apoio da empresa Copart.

 

A principal questão abordada foi: com a restrição de circulação e a obrigatoriedade de fechamento do comércio, de escolas, consultórios, restaurantes, bares, entre outros, como fazer para que as empresas possam transpor este momento, mantendo suas condições de competitividade, sem oferecer riscos aos empregos, à cadeia que depende do negócio e à economia estadual e do país?

Sem barreiras

Diminuir barreiras burocráticas impostas ao empresariado foi uma necessidade citada por todos os convidados. Fernando Passalio de Avelar mencionou a importância de transformar os investimentos atraídos pelo estado em ações efetivas. “Minas Gerais acumula, no mês de maio, R$ 5,4 bilhões de investimentos atraídos. Mas tão importante quanto atrair investimentos é implementar investimento. É o investimento sair do papel. É a empresa colocar o recurso no estado, na indústria mineira, no comércio mineiro”, pontuou.

 

O secretário revelou ainda que o governo de Minas prepara um decreto que prevê “aprovação tácita” de solicitações da sociedade civil caso não haja resposta da administração pública em tempo previamente estabelecido. “Quando você pedir algo ao estado, e se o estado não se manifestar em 60 dias – estamos ainda fechando qual vai ser o prazo –, vai ser considerado aprovado aquele processo”, disse.

 

No âmbito do governo federal, Geanluca Lorenzon corroborou a necessidade de diminuir barreiras impostas à sociedade civil. O Diretor Federal de Desburocratização no Ministério da Economia sugeriu que a administração pública aproveite a queda de certas burocracias – resultante da urgência na implementação de ações durante a pandemia – e que isso se mantenha no pós-coronavírus.

 

Para isso, fez referência a uma sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Notem as normas que vocês passaram por cima por questões emergenciais graças à pandemia e pensem se essas normas não poderiam existir até fora da pandemia. Esse mesmo trabalho vamos fazer aqui no governo federal”, disse.

 

Revolução digital

Os convidados da live lamentaram a catástrofe sanitária e social causada pela pandemia, mas reforçaram que a retomada também passa por uma recuperação da economia. Para isso, apontaram a inovação como ponto fundamental para os setores do comércio e da indústria.

 

Para as indústrias, Flávio Roscoe entende que a digitalização de processos pode ser efetiva para aumentar a produtividade e reduzir custos. “Acho que a indústria que mais vai ser transformada é a da comunicação. Várias resistências culturais de usar algumas ferramentas (como as usadas em reuniões on-line) cairão por terra”, disse, ao apontar o home office como uma tendência crescente também no pós-pandemia.

 

Gesner Oliveira destacou a importância da internet para “atenuar a recessão” em 2020 e “ajudar a relançar a economia para os anos subsequentes”. O sócio da GO Associados apresentou exemplos de como a sociedade foi “obrigada” a acelerar processos fundamentalmente digitais em meio à pandemia. 

 

“Havia uma série de projetos-pilotos, coisas embrionárias, que a pandemia vem acelerando de uma forma espetacular. A gente tem visto plataformas de delivery aumentando muito, a telemedicina, o ensino a distância”, disse.

 

Ele sugeriu que essas mudanças sejam preservadas no pós-pandemia e listou alternativas para que empresas mantenham as vendas em nível razoável em meio ao isolamento social, como vendas on-line, sistema de drive-thru e comercialização de vouchers que poderão ser trocados por produtos quando as coisas voltarem ao normal.

 

Complementou com o exemplo de um estudo realizado pela GO Associados sobre o segmento de leilões e as oportunidades que os leilões eletrônicos representam. “A possibilidade de leilões eletrônicos que não dependem do leiloeiro naturalmente tem um potencial e uma eficiência muito maior.”

 

Roscoe também deu exemplos de empresas que têm se saído bem no ambiente virtual. “De maneira geral, o setor de serviços, que é mais próximo do consumidor, está se reinventando, entrando no mundo digital. Há também várias indústrias indo para o digital muito rapidamente. Há empresas que estão atingindo 20% do faturamento anterior à crise com consumidores que não existiam antes. Foram para o digital, estão fazendo marketing e trabalhando essa nova possibilidade”, frisou.


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