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Estado de Minas

Aeroporto Industrial de BH pode marcar começo da retomada econômica em Minas

Operação da aduana deve ter início em julho, com a primeira empresa confirmada para atuar no local. São esperados investimentos na ordem de R$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos


postado em 22/05/2020 11:54

(foto: Divulgação/BH Airport)
(foto: Divulgação/BH Airport)
Em meio à pandemia do novo coronavírus, Minas Gerais viu sua situação financeira piorar ainda mais, por causa da queda na arrecadação de impostos. No entanto, a estagnação econômica pode se transformar em retomada nos próximos anos, com o funcionamento do Aeroporto Industrial de BH, em Confins, na Região Metropolitana. O projeto, pioneiro no país, promete atrair investimentos maciços e gerar milhares de empregos.

O espaço, localizado do lado oposto do terminal de passageiros, conta com uma área de 750 mil metros quadrados. A expectativa da BH Airport, concessionária responsável pela administração do terminal, é que cerca de 250 empresas façam uso do Aeroporto Industrial nos próximos anos. O projeto contempla áreas comuns, como vestiário, business center, refeitório, entre outros.

A primeira empresa confirmada no Aeroporto Industrial é a Clamper, que produz equipamentos eletroeletrônicos contra danos causados por raios e surtos elétricos. A companhia já está de mudança de Lagoa Santa para o terminal industrial, onde ocupará uma área de 3 mil m². A previsão é iniciar as operações em julho. De acordo com o diretor-presidente da BH Airport, Marcos Brandão, outras empresas estão em negociação.

“Temos, também, 10 empresas com contratos de confidencialidade em discussão, ou seja, em negociação. Podemos falar que entre hoje e o fim do ano que vem, podemos ter quatro, cinco empresas, tranquilamente”, disse Marcos.

A grande vantagem do Aeroporto Industrial para empresas que se instalarem no local é a isenção de impostos, como os de importação e de exportação, ICMS e IPI. Empresas que tenham foco principal a exportação de produtos manufaturados, que utilizam matérias-primas importadas no processo de produção, têm vários benefícios fiscais ao manufaturar e exportar os itens acabados por meio do terminal, além da facilidade logística.

“Tem o segundo aspecto, é que ele está dentro de um aeroporto. Se evita todo um custo logístico da operação. A matéria-prima chega no aeroporto, vai para o Aeroporto Industrial, é transformado, e volta para o aeroporto e é exportado. Então você não tem transporte de matéria-prima nas ruas, não tem caminhão, nao tem nada disso. Praticamente você não tem custo de logística”, ressaltou Marcos.

Neste primeiro momento, a BH Airport cobrará das empresas apenas uma taxa para fazer a gestão do sistema integrado com a Receita Federal, além do aluguel da utilização do espaço. A expectativa da concessionária é de que sejam atraídos, nos próximos anos, investimentos na ordem de R$ 3,5 bilhões, além da geração de mais de 20 mil empregos diretos e outros 40 mil indiretos.

“A nossa prioridade são empresas de alto valor agregado. Estamos falando de empresas de tecnologia, empresas de equipamentos médicos, empresas relacionadas a eletro-eletrônicos. Tudo o que diz respeito a produtos de alto valor agregado”, destacou Brandão.

Para o governador de Minas, Romeu Zema, o projeto do Aeroporto Industrial tratá mais competitividade para as empresas do estado, além de ser sinônimo de esperança para a retomada da economia. 

“Para o estado é sinônimo de mais competitividade para as empresas mineiras, que terão mais facilidade para importar e exportar seus produtos. Vale lembrar que hoje esse tipo de empreendimento é fundamental, já que o mundo vive um momento em que os investimentos foram reduzidos e o emprego se tornou mais raro”, pontuou Zema.

Sonho antigo


O conceito do aeroporto industrial no Brasil nasceu em meados de 2000. Em Minas, a ideia de criar um terminal do tipo estava no papel há mais de 12 anos, até que em 2018, a BH Airport passou a ter um diálogo mais estreito com a Receita Federal e o governo de Minas.

Em abril deste ano, o Aeroporto Industrial de BH recebeu certificação da Receita Federal para começar a operar. Para Marcos Brandão, o projeto tem como intuito criar um ‘hub logístico’, conectando todos os modais, facilitando o transporte dos produtos e reduzindo trâmites burocráticos.

“O projeto faz parte de uma estratégia do nosso aeroporto de transformar esta região em um grande ‘hub logístico’. Essa é a estratégia do aeroporto para conectar todos os modais, desde o aéreo, o ferroviário e também todo material que chega em Santos e em qualquer porto brasileiro. Nosso projeto é de conectar os modais. Quando desenhamos o projeto, percebemos que o aeroporto-indústria poderia ser o centro desta estratégia. Foi aí que decidimos reativar o aeroporto-indústria, pois é uma facilidade para as empresas que aqui se instalarem de utilizar essa interconexão dos modais para transportar os seus produtos. O aeroporto-indústria faz parte de uma estratégia para transformar o aeroporto em um hub logístico”, concluiu.


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