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Estado de Minas

Negociação dura no aluguel


postado em 03/04/2020 04:00 / atualizado em 03/04/2020 16:33

As restrições às atividades econômicas e à circulação de pessoas em função da pandemia da COVID-19 levam a situações difíceis nas relações comerciais. E coloca em lados opostos locadores e locatários em um momento em que está difícil obter recursos para honrar os compromissos mais básicos. O senador mineiro Antônio Anastasia (PSD) chegou a apresentar proposta, dentro do Projeto de Lei 1.179/2020, para que o pagamento dos aluguéis residenciais fosse suspenso, total ou parcialmente, até outubro. Porém, diante da reclamação de muitos donos de imóveis recuou.

Assim, resta às partes buscar a negociação. Tanto quem mora de aluguel quanto quem aluga imóvel comercial alegam dificuldades para pagar o valor estabelecido anteriormente, quando estavam em plena atividade. Já os proprietários ressaltam ter compromissos assumidos e precisam receber para honrá-los. “Estamos tentando contato com a imobiliária, mas está difícil, pois ela está fechada. O certo é que não temos condições de pagar o aluguel, pois nosso movimento caiu mais de 80%”, afirmou o empresário Sebastião Paulo Soares, que administra salão de beleza no centro de Belo Horizonte, ao lado do irmão, João, e que vai ter de entregar o ponto se não obtiver acordo.

A situação é a mesma de muitos pequenos comerciantes não só do centro, mas também de outras regiões da capital mineira. Gente que teve de fechar as portas abruptamente e não estava prevenido. Assim, se deu melhor quem se planejou e se adiantou na busca por acordo. Isso permite respirar, ainda que não haja dinheiro entrando. É o caso da fisioterapeuta Maria Elisa de Deus, que aluga três salas no bairro funcionários. Mesmo sendo duas em uma imobiliária e uma e em outra, obteve o mesmo acordo.

“Foi a minha primeira preocupação quando deixamos de atender e fechamos a clínica e o pilates, em 20 de março. Primeiro pedi a isenção do aluguel, mas não foi possível. Depois, acertamos pagar 50% do valor durante 3 meses”, explicou ela, “Estamos atendendo há 25 anos, neste local há 15. Foi a primeira vez que paramos e pedimos ajuda”, acrescentou.


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