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Estado de Minas ECONOMIA

Comerciantes de Montes Claros protestam pela reabertura do comércio em carreata

Prefeitura decretou a suspensão das atividades do comércio como medida de isolamento social


postado em 27/03/2020 16:33 / atualizado em 27/03/2020 18:20

Carreata em Montes Claros(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
Carreata em Montes Claros (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
Dezenas de comerciantes de Montes Claros, no Norte de Minas, realizaram uma carreata na tarde desta sexta-feira. Eles solicitaram a autorização para abertura gradual dos estabelecimentos, fechados desde o início desta semana, dentro das medidas preventivas contra a transmissão do coronavírus.

As medidas do isolamento social e do fechamento do comércio foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e da prefeitura da cidade. 
 
A carreata saiu da Praça dos Jatobás, no Bairro Morada do Sol, e seguiu até a área da prefeitura local, no Centro de Montes Claros, depois de percorrer as avenidas Mestra Fininha, Francisco Gaetani e Cula Mangabeira. Nenhuma entidade assumiu a coordenação do movimento, que foi pacífico, sendo acompanhado de perto pela Policia Militar e pela Guarda Municipal.
 
Houve um acordo para que não ocorresse parada ou aglomeração, para não favorecer a contaminação a propagação da COVID-19. Mesmo assim, no final da carreata, um carro de som parou ao lado do prédio da Prefeitura, onde um dos participante usou um microfone. 
 
“Temos que entender que depois desse problema da pandemia, a vida vai continuar. É preciso construir algo que preserve não so a saúde, mas também o trabalho das nossas famílias e dos nossos funcionários”, afirmou um manifestante. Ele disse que os comerciantes pedem “autorização” do Executivo municipal para que possam movimentar suas lojas de alguma forma, ainda que com restrições. A Prefeitura de Montes Claros não se pronunciou a respeito do ato. 
 
Um dos participantes da carreata – que ajudou a organizá-la –, o comerciante Gleidson Boaventura disse que os lojistas da cidade defendem as medidas preventivas em relação à COVID-19. “Queremos que os cuidados com a saúde continuem. Mas, a economia precisa circular. O comércio tem que funcionar, ainda que seja maneira flexibilizada”.

Questionado pela reportagem sobre a recomendação para que as pessoas fiquem em casa como forma de prevenir a transmissão em massa do coronavirus, Gleidson disse que não é contra o isolamento social. Porém, entende que é preciso flexibilizar a medida com o funcionamento parcial do comércio.
 
“As pessoas acima de 60 anos e de outros grupos de risco podem ficar em casa. Mas, as outras pessoas (sem riscos), como as mais jovens, podem trabalhar. Tem que ser encontrada alguma maneira do comércio funcionalmente, ainda que parcialmente. O que não pode é o país parar”, disse, acrescentando que o próprio tem mais de 60 anos e está em isolamento dentro de casa. 
 
Outro participante da manifestação, Olímpio Campos Rocha,  proprietário de tres lanchonetes e revendas de sanduiches em Montes Claros, informou que tem 54 funcionários e que está sofrendo muitos prejuízos. “Todos os meus funcionários estão parados”, disse Olímpio, lembrando que também é contra as medidas preventivas contra o coronavirus. “Mas, não podemos deixar a cidade parar”, argumentou.
 


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