O dólar comercial fechou o pregão desta terça-feira (3) cotado a R$ 4,511 na venda. O valor é o novo recorde nominal - que não considera a inflação - de fechamento da cotação da moeda norte-americana. A alta de 0,55% é a 10ª consecutiva do dólar. Em 2020, a moeda já se valorizou em cerca de 12% em relação ao real.
A alta dessa terça-feira se deve ao corte na taxa de juros anunciado pelo Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), em meio ao surto do novo coronavírus. O órgão cortou a taxa em 0,5 ponto percentual, para a faixa entre 1% e 1,25%.
Em comunicado, o Fed afirmou que a epidemia representa "riscos à atividade econômica". A decisão foi tomada em uma reunião de emergência: o próximo encontro do Fed estava marcado para 17 e 18 de março. O corte emergencial na taxa de juros não acontecia desde a crise econômica de 2008. Com isso, os investidores passaram a temer que o impacto do COVID-19 na economia dos EUA, e consequentemente a global, pode ser maior que o esperado.
O índice Ibovespa chegou a atingir a máxima de pontuação, ultrapassando 108 mil pontos logo após o anúncio do corte de juros pelo Fed. Porém, às 15h40, o índice registrou queda de 0,44%, marcando 106 mil pontos.
Pela manhã, os bancos centrais do G7, grupo dos países mais ricos do mundo, anunciaram que vão tomar as medidas apropriadas para diminuir o impacto do novo coronavírus na economia global.
*Estagiário sob supervisão da sub-editora Ellen Cristie.