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Estado de Minas TRABALHO

Desemprego recua para 11,9%


postado em 01/02/2020 04:00

Informalidade, que atinge 41% da população, favoreceu queda no indicador. País ainda tem 12,6 milhões de desempregados (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Informalidade, que atinge 41% da população, favoreceu queda no indicador. País ainda tem 12,6 milhões de desempregados (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)

O desemprego no Brasil caiu de 12,3%, em 2018, para 11,9%, em 2019, registrando a segunda queda anual consecutiva, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o país ainda conta com 12,6 milhões de desempregados. Embora o número seja 1,7% menor que o do ano anterior, comparado a 2014, a quantidade de brasileiros sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos.
 
Além disso, o trabalho informal é o maior em quatro anos, o contingente de desalentados não diminuiu, a quantidade de pessoas por conta própria e sem carteira assinada é a maior da série histórica. O rendimento dos trabalhadores não avançou; ficou estável em relação a 2018. Segundo a pesquisa, a informalidade – soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar – representa 41,1% da população ocupada, ou 38,4 milhões de pessoas, a maior desde 2016, apesar da estabilidade em relação a 2018.
 
“Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acréscimo de um milhão de pessoas”, avalia a analista da Pnad Contínua, Adriana Beringuy. Em 2019, 11,6 milhões de trabalhadores estavam sem carteira assinada no setor privado – exceto empregados domésticos –, expansão de 4% em relação a 2018 e o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012. O número dos trabalhadores por conta própria também foi o mais robusto da série, subindo para 24,2 milhões, a maior parte (19,3 milhões), sem CNPJ, um acréscimo de 3,9 milhões de pessoas desde 2012. Na comparação com 2018, a expansão foi de 4,1% (958 mil).
 
Os dados, segundo o IBGE, mostram que apesar da ligeira melhora de trabalhadores com carteira assinada, expansão de 1,1% com mais 356 mil vagas, ela não foi acompanhada pelos indicadores de informalidade na passagem de 2018 para 2019. Das 1,8 milhão de ocupações, 446 mil foram vagas sem carteira assinada; a maior parte, 958 mil, são trabalhadores por conta própria, dos quais 586 mil sem CNPJ. Já o número de empregados domésticos chegou a 6,3 milhões, estável em relação a 2018 (6,2 milhões).
 
O número de pessoas com carteira assinada caiu 3%, de 1,819 milhão para 1,764 milhão, enquanto os sem carteira assinada ficaram estáveis em 4,5 milhões. A quantidade de empregadores (4,4 milhões em 2019) ficou estável em relação a 2018, mas registrou alta de 24,5%, frente a 2012. “Esse aumento se deu, principalmente, na faixa dos pequenos empregadores. Do total, 3,6 milhões tinham CNPJ, enquanto 832 mil não tinham esse registro em 2019”, diz Adriana Beringuy.
 
Outro indicador em destaque, segundo ela, é a população subutilizada na força de trabalho – pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial – que chegou a 27,6 milhões em 2019, o maior valor da série e 79,3% acima do menor patamar (15,4 milhões), apurado em 2014.



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