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Estado de Minas RECUPERAÇÃO

Economia da América Latina ficou estagnada em 2019

Relatório do FMI aponta que há desafios para impulsionar o crescimento da região. O fundo projeta que o Produto Interno Bruto do Brasil vai avançar 2,2% este ano


postado em 30/01/2020 04:00


A atividade econômica na América Latina e no Caribe ficou estagnada em 2019, tornando mais desafiadora a retomada do crescimento da região, afirmou, ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI), em seu relatório sobre as perspectivas econômicas para a área. Para o Brasil, o fundo projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar 2,2% neste ano e 2,3% em 2021. Na região, as expansões estimadas são de 1,6% e 2,3%, respectivamente.

Ainda assim, a entidade vê riscos relevantes no horizonte, como a intensificação dos conflitos sociais na região e maior incerteza na política econômica. Segundo o diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, o baixo crescimento baixo da América Latina e Caribe em 2019 ocorreu devido a pequeno nível de investimentos, preços bem-comportados de commodities e incertezas na gestão de políticas econômicas pela região.

Para o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Ellery, não é nenhuma surpresa que a região tem problemas sérios em países importantes. “Brasil, Argentina, México, que são as principais economias, não estão puxando o crescimento. Venezuela atrapalha. O Chile, mesmo com desempenho melhor, está em crise”, explicou.

Em relação ao Brasil, segundo o economista, a notícia é boa. “O que está prevendo é um começo de recuperação, nada impactante. Mas o país sai de crescimentos de 1% para acima de 2%. A estimativa de crescimento para a região está muito relacionada à retomada do Brasil, que tem um efeito na média”, avaliou.

PIB per capita 

No ano passado, o PIB per capita América Latina e Caribe foi estimado em US$ 8.251. Em 2013, havia ficado em US$ 10.129. No Brasil, os dados do fundo mostram que, após atingir um pico de US$ 13.295 em 2011 (valor em dólares correntes) o PIB per capita registrou queda em todos os anos seguintes, com exceção de 2017. Para 2019, o fundo estima um PIB per capita de US$ 8.796, queda de 1,8% frente aos US$ 8.958 do ano anterior.

Confiança  

Setor da economia que mais sentiu a recessão econômica, da qual o Brasil se recupera lentamente, a construção civil, que registrou 20 trimestres seguidos de queda durante a crise, iniciou a recuperação em 2019 e ganhou confiança em 2020. O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) subiu 0,9 ponto em relação a dezembro de 2019 e atingiu 64 pontos neste mês, o maior nível desde dezembro de 2010.

O indicador, que está 10,2 pontos acima da média histórica, foi puxado, especialmente, pela percepção de melhora das condições atuais da economia brasileira. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI-Construção varia de zero a cem pontos. Quando está acima dos 50 pontos mostra que os empresários estão confiantes.

A melhora da confiança é confirmada pelo aumento da disposição dos empresários para investir. O índice de intenção de investimentos subiu 2,2 pontos em relação a dezembro e alcançou 44,4 pontos em janeiro, o maior valor desde setembro de 2014. Foi o quarto aumento consecutivo do indicador que está 10,3 pontos acima da média histórica.

“O cenário econômico favorável, com juros baixos e inflação controlada, estimula as pessoas a fazerem a obra que estava sendo adiada ou até mesmo comprar um imóvel”, analisa a economista da CNI, Dea Fioravante. “Isso aumenta a demanda por serviços da construção e tem impacto na propensão dos empresários para investir”, completa. 


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