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Estado de Minas POLíTICA EXTERNA

Salvo da sobretaxa do aço

Brasil é excluído pelo governo dos Estados Unidos da lista de países sujeitos à tarifa adicional nas importações americanas, mas ameaça de cobrança ou cota permanece


postado em 26/01/2020 04:00 / atualizado em 26/01/2020 08:15

Nova tarifação anunciada pelo presidente Donald Trump ao aço importado começa a vigorar em 8 de fevereiro (foto: Daniel Mansur / Divulgação %u2013 6/5/13)
Nova tarifação anunciada pelo presidente Donald Trump ao aço importado começa a vigorar em 8 de fevereiro (foto: Daniel Mansur / Divulgação %u2013 6/5/13)

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou o protocolo de aumento das tarifas sobre a importação de produtos derivados de aço em 25% e em 10% na importação de produtos derivados de alumínio. A medida isenta Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, México e Coreia do Sul da taxação adicional sobre produtos derivados de aço, e Argentina, Austrália, Canadá e México das taxas adicionais sobre produtos derivados de alumínio. O documento foi divulgado pela Casa Branca e entra em vigor em 8 de fevereiro.
 
No fim do ano passado, em 2 de dezembro, Trump havia acusado Brasil e Argentina de desvalorizar suas moedas e ameaçou retomar sobretaxas sobre aço e alumínio dos dois países. Após o episódio, o presidente Jair Bolsonaro disse ter convencido o líder norte-americano de excluir as empresas brasileiras da sobretaxação. “Ele se convenceu dos meus argumentos e decidiu dizer a nós todos, brasileiros, que nosso aço e nosso alumínio não serão sobretaxados”, disse Bolsonaro, em 20 de dezembro.
 
A elevação das tarifas, segundo Trump, foi adotada para que a indústria dos EUA volte a operar em sua capacidade de produção, que estaria abaixo de 80%. “A estabilização nesse nível é importante para fornecer à indústria uma expectativa razoável de que as condições do mercado prevalecerão o tempo suficiente para justificar o investimento necessário para elevar a produção a um nível sustentável e lucrativo”, disse o presidente norte-americano.
 
Ainda de acordo com Trump, caso for verificado aumento expressivo na importação de aço e alumínio por países específicos, a sobretaxação poderá ser estendida a essas nações ou poderão se adotadas cotas limitadoras para as importações.

Em Nova Dheli O presidente Jair Bolsonaro evitou entrar em atrito com o governo dos Estados Unidos sobre a questão dos brasileiros ilegais no país que começaram a ser deportados na madrugada de ontem. “O que eu falar vai dar polêmica. Tá certo? Acho que, em qualquer país, as suas leis tem que ser respeitadas. Em qualquer país do mundo, onde pessoas estão lá de forma clandestina, o direito daquele chefe de Estado usando da lei é devolver esses nacionais”, disse ele a jornalistas, ao ser questionado sobre o assunto.
 
A afirmação foi feita quando Bolsonaro concluiu agenda de encontros com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e autoridades dos dois países. Nessas reuniões, foram assinados 15 atos, como acordos de cooperação e memorandos de entendimentos em várias áreas.
 
Bolsonaro lamentou a deportação pelos EUA e afirmou que essa questão está sendo tratada no nível técnico entre os dois governos e que ele não chegou a conversar com o presidente Donald Trump sobre esse assunto. O presidente brasileiro defendeu leis mais duras no Brasil como ocorre nos EUA e no Reino Unido e voltou a criticar a lei de imigração. “Nenhum país tem o que temos. É uma vergonha. Pessoa chega no Brasil com mais direito do que nós. Isso não deve acontecer. Afinal de contas, temos que preservar o nosso país”, emendou.



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